Em mais uma matéria da série #TBTdoBlog, um outro capítulo da recente história política de Parauapebas é apresentado. O ano era 2015, precisamente setembro, quando a FAP (Feira de Agronegócios de Parauapebas) o maior evento cultural da capital do minério, geralmente ocorre. No ano seguinte (2016) ocorreria a próxima eleição municipal, e a disputa político-eleitoral já estava posta. Vamos relembrar essa importante passagem da nossa recente história política.
A FAP (Feira de Agronegócios de Parauapebas) neste ano (2015), escancarou publicamente as disputas pelo poder político em Parauapebas em ano pré-eleitoral. O presidente do Sinproduz (Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas), Marcelo Catalão, não esconde à sua pretensão de concorrer no próximo ano ao Palácio do Morro dos Ventos, e isso culminou no que foi o referido evento no ano corrente.
Diferentemente de edições anteriores, a FAP 2015 deixou de receber qualquer apoio financeiro ou logístico da prefeitura. Isso refletiu diretamente na organização e no nível das apresentações nos nove dias de feira. Em 20 anos, é a primeira vez que isso acontece. O descontentamento foi geral, quase unânime, quando se compara com anos anteriores, inclusive, com considerável redução do público que frequentou os diversos ambientes do evento.
Claramente, o prefeito Valmir Mariano (PSD) barrou qualquer parceria por conta da disputa política. O alcaide municipal não poderia fornecer artilharia a um possível e temido adversário político. O objetivo do prefeito era tornar o evento um desastre ou, pelo menos, inferior aos anos anteriores, como de fato – na prática – ocorreu. O fiasco da FAP se reflete na avaliação de Marcelo Catalão à frente da entidade, pelo menos, na teoria.
Catalão por sua vez, aproveitou o clímax do evento (show do cantor Leonardo) para interromper a apresentação e fazer um duro discurso político contra o prefeito Valmir Mariano. Reclamou e protestou contra a falta de apoio da prefeitura ao evento e a péssima gestão municipal. Claramente, Catalão se apresentou com pré-candidato, e aproveitou o evento para fazer política, o que poderá lhe causar problema com a Justiça Eleitoral, caso seja denunciado por campanha eleitoral extemporânea.
Pelo visto, o maior evento da cidade de Parauapebas, de grande importância econômica, ainda mais em ano de crise, poderia ter sido um alento para as enormes dificuldades que a capital do minério está passando, mas sucumbiu às disputas pré-eleitorais. O que não deveria acontecer. A politicagem está afundando Parauapebas. A triste sina da pobre cidade rica.
Imagem: reprodução Internet.