Segundo matéria do site G1, a mineradora Vale lidera a lista de companhias brasileiras que pagaram dividendos recorde em 2021, tendo como referência o relatório da gestora Janus Henderson Investors. Empresas brasileiras distribuíram um total de US$ 25,4 bilhões em proventos no ano passado, o que representa crescimento de 170% na comparação com os US$ 9,4 bilhões em 2020.
O valor foi o terceiro maior entre os emergentes, atrás de China e Rússia. O Brasil representou mais da metade do crescimento nos mercados em desenvolvimento, que somaram US$ 164,4 bilhões em 2021, também recorde. Do total distribuído no Brasil, quase metade, ou US$ 12,4 bilhões, vieram da Vale. O número foi o segundo maior valor pago por uma empresa de mineração a nível mundial, tendo sendo batida apenas pela BHP, destaca o relatório.
O levantamento é realizado em bases trimestrais e anuais e rastreia os dividendos das 1.200 maiores empresas em termos de valor de mercado no mundo. Os dividendos são registrados em dólares, o que também embute um efeito cambial, e são incluídos com base na data de pagamento. A presença da Vale no ‘top 10’ de maiores pagadoras segue tendência vista em todo o mundo, já que as mineradoras, junto com os bancos, foram os maiores impulsionadores do crescimento no valor recorde de dividendos globais distribuídos em 2021.
A Vale anunciou a retomada de sua política de dividendos em julho de 2020, após interrupção por cerca de um ano e meio, na sequência do rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho (MG), em 2019, que matou mais de 250 pessoas. Mas o cenário para 2022 no setor é incerto. “Os preços do minério de ferro são um fator importante e, apesar de terem se recuperado de uma desvalorização, estão num ponto mais baixo do que estiveram durante a maior parte de 2021”, diz o relatório.
Recentemente a empresa divulgou o seu balanço de 2021, e o resultado foi impressionante. No balanço do ano todo, o lucro somou R$ 121,2 bilhões, o que representou uma alta de 354% na comparação com o resultado de 2020 (R$ 26,7 bilhões). Esse impressionante desempenho é justificado pelo preço do seu principal produto de exportação: ferro. O minério atingiu elevadas cotações no decorrer do ano, puxado, claro, pela demanda diante da retomada da economia global, com o cenário cada vez mais ameno da pandemia de Covid-19.
Como se diz muito neste espaço: “A Vale que vale”.