Vale paralisa parcialmente produção em Minas Gerais

A Vale informou nesta segunda-feira (10) que paralisou parcialmente a circulação de trens na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e a produção nos Sistemas Sul e Sudeste por conta das fortes chuvas que castigam Minas Gerais. A empresa afirma que a decisão foi feita para garantir a segurança dos empregados e das comunidades. De acordo com a mineradora, também não houve alteração no nível de emergência em nenhuma de suas barragens, que continuam sendo monitoradas 24 horas por dia e acompanhadas permanentemente por inspeções, manutenções e equipamentos eletrônicos.

A EFVM foi paralisada no trecho Rio Piracicaba-João Monlevade, impedindo o escoamento do material em Brucutu e no Complexo de Mariana, no Sistema Sudeste, que estão com a produção suspensa. Ainda no Sistema Sudeste, a Vale diz que o trecho Desembargador Drummond-Nova Era também está paralisado, mas em fase de liberação, e não afetou a produção do Complexo de Itabira.

No Sistema Sul, com a interdição em trechos das rodovias BR-040 e MG-030, a produção de todos os complexos está temporariamente paralisada, para garantir a segurança de circulação de empregados e terceirizados, além da infraestrutura da frente de lavra das minas.

Por fim, a mineradora fala que o Sistema Norte continua operando normalmente, conforme o plano de produção, o que considera o impacto sazonal do período chuvoso. A Vale reiterou meta de produção para o ano de 2022 entre 320 e 335 milhões de toneladas de minério de ferro.

Barragens no Brasil

Ao fim de novembro de 2018, a Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou o seu “Relatório de Segurança de Barragens 2017”. Foram contabilizadas 263 barragens no Pará, seis das quais classificadas na categoria de “risco alto”, metade no município de Parauapebas. Além disso, 78 barragens são referidas com “alto dano potencial associado”, sendo sete delas implantadas na capital do minério.

Segundo o Cadastro Nacional de Barragens, a Vale possui 21 barragens no estado, sendo cinco com dano potencial associado de alto risco – o que exige um plano robusto de comunicação junto a essas comunidades. O tema ganhou repercussão após os rompimentos dessas estruturas nas cidades mineiras de Mariana e Brumadinho.

O rigoroso inverno amazônico coloca todos em alerta. A Vale sabe do risco.

Fonte: Valor Econômico (Adaptado pelo Blog do Branco).

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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