Na semana passada, se tornou público um levantamento feito pela Interdata em parceria com o Portal Pebinha de Açúcar, com foco na avaliação da gestão do prefeito Aurélio Goiano (Avante), que assumiu o governo há 80 dias. A pesquisa foi realizada entre 25 de fevereiro e 05 de março, e ouviu 601 eleitores.
O levantamento avaliou a popularidade, a expectativa, a percepção avaliativa dos entrevistados em relação à gestão municipal. Os números – como esperados – são favoráveis a Goiano. Primeiro, porque a gestão teve pouco tempo para organizar a “casa”; segundo, pelo elevado nível de expectativa criado pela população com a chegada de um novo grupo político no comando da prefeitura.
Na pergunta em formato Estimulado, em que se apresenta ao entrevistado as opções, a gestão do prefeito Aurélio Goiano (Avante) é aprovada por 79,37% dos entrevistados. Enquanto 16,32% a reprovam e 4,31% não souberam responder. Quando se estratifica esse elevado nível de aprovação, 34,47% classificam a gestão apenas como Regular. O Ótimo (o mais elevado nível avaliativo da pesquisa) atinge 9,75%.
No quesito Cumprimento de Promessas de Campanha, a situação ao prefeito é altamente confortável, pois para 64,17% dos entrevistados, Aurélio Goiano está cumprindo o prometido, apesar do pouco tempo de gestão.
Em política, expectativa é um fator que precisa ser tratado com cuidado pelo gestor. O mesmo precisa, minimamente, atender ao desejo criado, primeiro, de seus apoiadores, neste caso, 92 mil pessoas; em segundo lugar, da população de forma geral que irá cobrar as melhorias prometidas em campanha.
Tirando alguns deslizes narrativos que acabam por serem indissociáveis à natureza de Goiano, o governo começa a entrar em um ritmo mais acelerado, assim como a diminuição de polêmicas e erros. Foi o que o Blog do Branco antecipou em mais uma análise no mês passado: após a tempestade, o “mar calmo” se apresentaria no horizonte.
O prefeito Aurélio Goiano reúne no momento um grande capital político, que o coloca como uma das maiores lideranças do Sul e Sudeste do Pará. A questão é ter habilidade para canalizar toda essa musculatura para a organização de seu grupo político de olho nas próximas eleições; deixando, portanto, de ser um instrumento eleitoral a serviço de deputados e pretensiosos candidatos ao Senado Federal.
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