Está posta a divisão da Direita de Parauapebas. No imaginário do eleitorado, dois nomes disputam o voto bolsonarista: Aurélio Goiano, pelo Avante; e Felipe Augusto, do PL. Todavia, há uma terceira via que se formou nos últimos dias, sustentada pela união entre os empresários Hipólito Gomes e Valmir Mariano, que aliás já foi prefeito da capital do minério (2013-2016).
Neste contexto, o nicho bolsonarista que é dividido por camadas, ou melhor, por nível de adesão às ideias e ideologias. Há, por exemplo, a ala mais radical, a que defende, exemplificando, a derrubada dos Poderes. Este segmento, tende a votar em Goiano, pois o mesmo (ainda que falsamente) representa a luta contra o “Sistema”. Esse eleitorado é o que manifesta maior descontentamento com a política e carrega consigo a esperança do “Messias” na política, algo que nunca existiu e nem existirá, tendo como base a concepção bíblica.
Há, por outro lado, o eleitorado bolsonarista moderado. O que defende os ideais conservadores e cristãos, todavia, sem a quebra da ruptura democrática, exigindo, por exemplo, golpe militar. É esse eleitorado de Direita que se inclina a votar em Felipe Augusto, pois o mesmo é visto como moderado, um perfil mais centrado, que agrada parte do eleitorado. Nesse mesmo campo, ainda há uma segunda opção, somando três do campo da Direita: Hipólito Reis, do Podemos, com apoio de um poderoso cabo eleitoral: Valmir Mariano, que “entrou e saiu” do PL para aderir ao Podemos.
Como dito em outro artigo, no campo direitista tudo gira em torno da vinda do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua esposa Michele, que ocorrerá no próximo dia 08. O efeito da passagem do citado casal em Parauapebas deverá ser medido nos levantamentos que serão feitos após o evento. De todo modo, as pré-candidaturas de Felipe Augusto e Hipólito Gomes, tendem a desidratar a de Aurélio Goiano. Resta saber em que nível. A conferir.
Imagem: fotomontagem.