Depois da divulgação de uma pesquisa fake envolvendo o Instituto Doxa, ontem,14, foi divulgada oficialmente a sua primeira pesquisa neste segundo turno ao governo do Pará. A pesquisa foi registrada no TRE-PA sob o protocolo PA-07843/2018, e foi realizada no período de 10 a 13 de outubro com 1.896 eleitores, entrevistados nas seis (6) mesorregiões do Estado. O nível de confiança utilizado é de 95% e a margem de erro estimada de 2,25% para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada GRAVASOM/A Província do Pará.
No formato estimulado, ou seja, quando são apresentados os nomes aos entrevistados, Helder Barbalho (MDB) obteve 46,8% das intenções de voto; Márcio Miranda (DEM) ficou com 39,4%. Indecisos somam 6,6%; e os que pretendem votar branco ou anular o voto são 7,2%.
Já na Espontânea, quando o entrevistado aponta um nome sem lhe ser apresentado, Helder Barbalho (MDB) obteve 39% das intenções de voto; Márcio Miranda (DEM) ficou com 31,5%. Indecisos somam 17,9%; e os que pretendem votar branco ou anular o voto são 11,5%.
O referido instituto de pesquisa foi quem mais se aproximou do resultado das urnas na disputa pelo Palácio dos Despachos no primeiro turno. Portanto, os seus números são muito aguardados por todos. Uma semana após a eleição, com o segundo turno em andamento, o candidato do MDB ainda não mostrou – pelo menos nesta pesquisa da Doxa – qualquer movimento de crescimento. Já o candidato do DEM, subiu nove pontos, baixando a diferença para apenas sete.
Claro que os números do Doxa agradam um lado e desagradam o outro. Quem terá coragem de desmentir a pesquisa? Quem contestará os números? Sobretudo depois do nível de acerto aferido no primeiro turno. Os 700 mil votos de diferença que Helder conquistou no “primeiro turno”, além de ter vencido em 115 dos 144 municípios paraenses (como a sua propaganda eleitoral adora frisar), o colocam em vantagem, porém, isso por si só não garante ao ex-ministro a vitória no próximo dia 28.
Conforme dito pelo blog desde o ano passado, a estratégia do emedebista seria clara: avançar e firmar posição na Região Metropolitana de Belém, combatendo assim, a sua alta rejeição, um dos principais pontos que levaram à sua derrota, em 2014. Helder fez a lição de casa. Venceu em Belém e no geral também na RMB. O que não lhe garantiu ter mais do que a soma de todos os outros candidatos no último dia 07 foi a perda de musculatura eleitoral em outros redutos, nos quais, até então, o ex-ministro “nadava de braçadas”, como Marabá, Parauapebas e Santarém. A vitória de Helder foi ampla, 115 municipalidades, porém, foi com margem pequena, como em Parauapebas, com pouco mais de seis mil votos (município que Helder teve intensa agenda como ministro de Estado) e onde o seu adversário, Márcio Miranda, sequer pisou na campanha.
Para este segundo turno, o Barbalho manterá as suas atenções nos arredores de Belém. Mas deverá ter presença mais forte em outros colégios eleitorais importantes, que antes, fez pouco caso em aparecer, esperando, talvez uma vitória acachapante, o que não aconteceu. A eleição de 2014, sobretudo, no segundo turno ainda causa calafrios no clã Barbalho, melhor evitá-la.