Ontem, 18, iniciou os trabalhos da 9ª Legislatura (2021-2024) da Câmara de Vereadores de Parauapebas. A sessão teve a presença do prefeito Darci Lermen (MDB), do vice-prefeito João do Verdurão (PDT) e de diversos secretários municipais de governo. Seguindo as recomendações, o plenário teve a sua lotação reduzida pela metade (250 lugares), todos tomados pelo público, ansioso em acompanhar os trabalhos dos vereadores, já que a Casa de Leis em questão obteve 60% de renovação na última eleição.
De partida, foram anunciados os nomes que irão compor as onze comissões permanentes da Casa. As indicações tiveram protesto de dois vereadores: Aurélio Goiano (PSD), o único que se posiciona na oposição ao governo municipal e Elvis da Silva, o “Zé do Bode” (MDB). O primeiro externou a sua chateação por ter ficado de fora – segundo ele – das principais comissões. Já o segundo protestou por “quebra de acordos” na montagem e composição.
Veja como ficou a configuração das comissões:
- Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR): Luiz Castilho (Pros), Zé do Bode (MDB) e Elias da Construforte (PSB);
- Comissão de Finanças e Orçamento (CFO): Léo Márcio (Pros), Zacarias Marques (PP) e Francisco Eloecio (Republicanos);
- Comissão de Terras e Obras (CTO): Josivaldo da Fármacia (PP), Zé do Bode (MDB) e Miquinha (PT);
- Comissão de Mineração, Energia e Defesa do Meio Ambiente (Cmedma): Leandro do Chiquito (Pros), Aurélio Goiano (PSD) e Zé do Bode (MDB);
- Comissão de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (CAPDRC): Aurélio Goiano (PSD), Leandro do Chiquito (Pros) e Miquinha (PT);
- Comissão de Turismo e Desporto (CTD): Léo Márcio (Pros), Zacarias Marques (PP) e Francisco Eloecio (Republicanos);
- Comissão de Educação e Cultura (CEC): Leandro do Chiquito (Pros), Joel do Sindicato (PDT) e Eliene Soares (MDB);
- Comissão de Saúde e Assistência Social (CSAS): Josemir Silva (Pros), Rafael Ribeiro (MDB) e Josivaldo da Farmácia (PP);
- Comissão de Direitos Humanos (CDH): Miquinha (PT), Joel do Sindicado (PDT) e Rafael Ribeiro (MDB);
- Comissão de Segurança Pública e Defesa Social (CSPDS): Joel do Sindicato (PDT), Zacarias Marques (PP) e Léo Márcio (Pros);
- Comissão de Fiscalização e Controle Externos (CFCE): Luiz Castilho (Pros), Josivaldo da Farmácia (PP) e Eliene Soares (MDB)
Após a formação das comissões, o processo seguinte (até por ser uma sessão ordinária) foi a apresentação das indicações dos vereadores. Na sequência, os parlamentares subiram à tribuna para suas falas, com o tempo limite de cinco minutos para cada. No geral, agradeceram por suas eleições, se comprometeram com seus eleitores e sociedade geral e fizeram algumas cobranças, como a feita pelo vereador Zé do Bode (MDB), sobre o não recebimento dos vereadores por parte de alguns secretários do governo. Outra narrativa que foi comum entre os edis foi a de que: “sou governo, estou na base do governo, mas não irei deixar de cobrar, de fiscalizar se algo não estiver certo”
Na sequência, o vice-prefeito João do Verdurão (PDT) e o prefeito Darci Lermen (MDB) fizeram suas falas. Sempre em sintonia, ambos projetaram grandes realizações da gestão municipal nos próximos anos em Parauapebas. O mandatário municipal centrou sua narrativa na apresentação, em breve do Programa Municipal de Investimentos (PMI), que prevê investimentos somados que chegam a R$ 1 bilhão em diversas áreas (o Blog está com o documento do citado programa e em breve irá produzir uma série sobre ele).
A 9ª legislatura (2021-2024) da Câmara de Vereadores de Parauapebas, é uma mistura de novos parlamentares (não só por ser primeiro mandato, mas pela idade de alguns), assim como ter entre as quinze cadeiras, apenas uma mulher. Os próximos quatro anos prometem ser mais “agitados” do que o a legislatura anterior. A ver.
Controle político da Casa de Leis
O quarto mandato do prefeito Darci Lermen (MDB) inicia com uma posição altamente confortável em relação ao parlamento. A base do governo conta hoje com 14 vereadores. Apenas Aurélio Goiano (PSD) foi eleito do lado da oposição, e se mantém desta forma. Conhecendo a política da “capital do minério”, a pergunta que se faz é: até quando?
Imagem: Déo Martins.