Ontem, 23, o prefeito de Parauapebas, Darci Lermen, decretou estado de calamidade pública. O decreto assinado pelo mandatário municipal, determinou diversas medidas de contenção, que incluiu limitar funcionamento de estabelecimentos comerciais e circulação de pessoas, visando claramente conter o processo de transferência de carga viral, ou que o vírus, pelo menos, (caso não esteja em território parauapebense) possa ter dificuldade de entrar.
Lermen já demonstrou em diversas oportunidades a sua capacidade de articulação política. No citado quesito é mestre, o faz como poucos. Como exemplo prático tivemos a questão do reajuste das alíquotas da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), os conhecidos royalties cobrados das empresas que atuam no setor, em 2017. Na ocasião, em Brasília, no Congresso Nacional, a pressão e articulação de vários prefeitos, dentre eles Darci, possibilitou o reajuste percentual de cobrança de 2% sobre o líquido para 3,5% em cima do bruto.
Darci Lermen saiu do processo com o reconhecimento de ter se mostrado na Capital Federal como um grande articulador político, de grande contribuição ao novo patamar de valor conseguido, que possibilitou aumento do volume de arrecadação da Prefeitura.
Enquanto este artigo estava sendo produzido, a desembargadora Ezilda Mutran, autorizou o início das obras do Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap). Inegavelmente, o referido programa é o carro-chefe da atual gestão, a obra que, por sua magnitude e importância, será o “divisor de água”.
Antes da decisão do Tribunal de Justiça, este artigo iria por outro viés analítico. Teria como ponto de análise e reflexão, o fato que, na ausência do Prosap ou no mínimo a demora em sua liberação; as ações de combate ao novo coronavírus, seriam determinantes a avaliação do prefeito Darci Lermen. E não só a ele, mas a todos os gestores públicos. Retorno ao entendimento que norteou artigos anteriores recentes, sobre dividir homens de meninos.
Como dito anteriormente; Lermen na rua, na organização, articulando é imbatível; se apresenta em seu estado natural, a forma que o levou à cadeira mais importante de Parauapebas por três vezes. Não, por acaso, logo após a publicação do decreto, ele pessoalmente já estava em vários pontos da cidade, acompanhando, por exemplo, a criação de barreiras nas entradas e saídas do município. Hoje, 24, já articulou ações integradas de contenção ao novo coronavírus com prefeitos vizinhos e entregou unidades habitacionais.
Para o bem de todos, o Prosap foi liberado pela Justiça; mas sem ele, ou com a continuação de sua paralisação, o combate à Covid-19 seria a oportunidade (e não cabe aqui imaginar aproveitamento político com a situação) – e já está sendo – para Darci Lermen fazer o que sabe de melhor: articular. É o que o momento pede em todas as esferas governamentais é isso: liderança e articulação. Darci em estado puro.