Ontem, 26, uma guerra nos bastidores ocorria, com a ação judicial movida pela coligação “Pará Daqui Pra Frente”, com intuito de impedir que o Instituto Doxa divulga-se a sua última pesquisa ao governo do Pará neste segundo turno, sob justificativa que os seus números e resultados estavam sendo divulgados antes mesmo da pesquisa se tornar pública. Dois processos foram gerados (mandado de segurança e impugnação), ambos rejeitados. A Justiça Eleitoral permitiu ao instituto que divulga-se os seus números hoje, 27, o que foi feito nas primeiras horas da madrugada.
Os números que vieram à tona nada são favoráveis ao candidato do MDB, Helder Barbalho. Pelos votos válidos, Márcio Miranda (DEM) está com 51,9% das intenções de voto. Helder Barbalho (MDB) obteve 48,1%. Já nos votos totais, o candidato do DEM aparece com 45,2% das intenções de voto. O candidato do MDB está com 41,9%. Branco/Nulo somam 5,7% e os que não sabem ou não quiseram responder, ou até mesmo indecisos chegou a 7,2%.
Portanto, o Instituto Doxa afirma por seus números que o atual presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Márcio Miranda, será o próximo governador do Pará. A pesquisa tem margem de erro de 2,25%, o que permite concluir que, pela diferença entre os dois candidatos, não há empate técnico como se esperava-se que ocorresse na divulgação desta pesquisa.
Se o Doxa estiver certo, e Miranda vencer, será a segunda derrota de Helder Barbalho na disputa pelo Palácio dos Despachos, assim como em 2014, o candidato do MDB sofreu a virada no segundo turno. Mais uma vez o referido instituto segue um caminho diferente dos seus concorrentes. Foi assim no primeiro turno, quando o Doxa foi o único que não confirmou a vitória de Helder Barbalho em primeiro turno. E agora, no segundo turno, é o único que aponta a vitória do candidato do DEM.
Se o Doxa acertar será a consagração de Dornélio Silva, seu diretor-presidente. Se errar, terá – de certa forma – manchado um pouco o trabalho feito. O esperado empate técnico entre os dois candidatos, com a diferença dentro da margem de erro, não veio, ou seja, o Doxa assumiu o risco da definição. As urnas irão dizer.
