Bastou os índices de violência explodirem na Região Metropolitana de Belém (RMB), especificamente na capital, que o nome do delegado de polícia, hoje deputado federal, Éder Mauro (PSD) começasse a ser cogitado para as próximas eleições municipais. Corre o boato que o próprio já se coloca na condição de pré-candidato ao Palácio Antônio Lemos, em 2016.
Em pesquisas preliminares, de bastidores, chamadas de “consumo interno” de partidos, o nome de Éder Mauro vem aparecendo bem posicionado, em algumas consultas, chega a liderar, mesmo com nomes consagrados de nossa política como Edmilson Rodrigues (Psol) e do ex-prefeito Duciomar Costa (PTB). O atual prefeito, Zenaldo Coutinho (PSDB) deverá disputar a reeleição (a última com o fim desse dispositivo, mas que está no cargo manteve o direito). A questão é que em todas as pesquisas realizadas, Zenaldo aparece sempre longe dos primeiros, inclusive
sendo o último em uma dessas consultas. O tucano sofre alta rejeição. Sua gestão é muito criticada e por incrível que possa parecer, vem provocando sentimento de saudade na população em relação ao seu antecessor, o ex-prefeito Duciomar Costa (PTB).
sendo o último em uma dessas consultas. O tucano sofre alta rejeição. Sua gestão é muito criticada e por incrível que possa parecer, vem provocando sentimento de saudade na população em relação ao seu antecessor, o ex-prefeito Duciomar Costa (PTB).
A disputa pela prefeitura de Belém em 2012, teve entre seus candidatos o radialista e apresentador Jefferson Lima (PP), que disputava naquele momento a sua primeira eleição. Lima se apresentava com o salvador, o verdadeiro Messias, andava pelas periferias da cidade, vendendo sonhos e promessas. Afirmava que faria diferente, iria governar para as pessoas que estão à margem do poder público. Com esse perfil messiânico, Jefferson Lima
obteve mais de 99 mil votos, ficando em terceiro na disputa.
obteve mais de 99 mil votos, ficando em terceiro na disputa.
Esse perfil de candidato não é algo novo, não se apresenta como novidade. Sem existiu e existirá. Política é isso. É a arte do convencimento. Ele se sustenta e se torna competitivo quando ocorrem crises e o descontentamento, a desilusão com a política ou com quem governa cresce. Aparecem para mostrar que farão tudo ao contrário e conseguirão atender a todas as demandas.
Dessa forma, vem se apresentando o deputado Éder Mauro (PSD) que obteve na última eleição mais de 265 mil votos, sendo o mais votado da bancada paraense. Por ser delegado de polícia tem como plataforma política o
combate ostensivo contra a violência e mudança na leis para endurecer penas. Compõe a chamada “Bancada da bala” no Congresso Nacional, composta por parlamentares que vieram da segurança pública de seus estados.
combate ostensivo contra a violência e mudança na leis para endurecer penas. Compõe a chamada “Bancada da bala” no Congresso Nacional, composta por parlamentares que vieram da segurança pública de seus estados.
Éder Mauro sabe que a questão da violência domina o país e aterroriza a todos os cidadãos. Sabe também que essa temática tornou-se de grande urgência e quem discursa ações para combater a violência agrega votos. Nessa lógica deverá aproveitar a oportunidade e se lançar na disputa pela prefeitura de Belém em 2016, com reais chances de vitória. A capital do Pará está tomada pelo medo e pela onda de crimes. Ter um delegado prefeito faz a cabeça de muitas pessoas.
Pelo visto, a disputa pelo Palácio Antônio Lemos, a exemplo de 2012, com Jefferson Lima, deverá ter mais um candidato “Messias”, que se apresentará como o salvador e quem poderá – realmente – resolver os problemas,
especialmente dos que mais precisam. A bola da vez é o deputado federal Éder Mauro.
especialmente dos que mais precisam. A bola da vez é o deputado federal Éder Mauro.
Imagem: reprodução Internet.