Eleições 2022: PSDB ainda sonha com a manutenção da “joia da coroa”

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A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na última quinta-feira, 15, nutriu de esperança o PSDB de São Paulo. O governador Rodrigo Garcia subiu no citado levantamento acima da margem de erro (2% para mais ou para menos), chegando a 19%, quatro a mais do que na última medição, o que fez o tucano empatar na margem de erro com o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também subiu um ponto, chegando a 21% das intenções de voto. Lá na frente, sobrando está o candidato do PT, Fernando Haddad, que também subiu um ponto, atingindo 36%.

Há pelo menos duas semanas, o que se poderia se dar como certo, seria a configuração de segundo turno entre Haddad e Freitas. Após 28 anos de gestões tucanas no comando do estado mais rico do Brasil, os tucanos perderiam o seu maior posto político no Brasil, desde 2002, quando deixaram o Palácio do Planalto para, quem sabe, nunca mais voltar.

A pesquisa Datafolha é um alento. Garcia tem a seu favor uma poderosa máquina pública, a segunda mais rica do Brasil, só perdendo para, obviamente, a União. O atual mandatário estadual paulista reúne apoio de quase 2/3 das prefeituras de São Paulo, que conta com 645 municipalidades.

Sob o ponto de vista eleitoral de um segundo turno, o maior adversário de Fernando Haddad não é Tarcísio de Freitas, e sim Rodrigo Garcia. Não, por acaso, que o petista mirou exaustivamente no último debate, realizado pela Bandeirantes, no atual governador paulista.

Apesar do PSDB ter quase sido “varrido do mapa” eleitoral e, no caso de São Paulo, sofrer com o “efeito Dória” (exaustivamente tratado neste Blog), o partido reúne grande capilaridade eleitoral, fruto de uma dinastia e de sucessivas gestões, que se não foram excelentes, não comprometeram a economia paulista. Portanto, há, claramente, a manutenção do voto de “segurança”, receio de mudar de grande parte do eleitorado, que ainda está conhecendo o atual governador Rodrigo Garcia.

Esperança Bolsonarista

O colunista Reinaldo Azevedo fez uma análise altamente relevante sobre a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. O jornalista ao tratar do tema, afirmou que os bolsonaristas mais realistas dão com certa a derrota de Bolsonaro na disputa presidencial. O que levaria as atenções dos seguidores do atual presidente que possuem cargos na estrutura federal, a focar suas atenções na disputa do Palácio dos Bandeirantes.

A questão é que Tarcísio parou de crescer. Sua subida se resume à margem de erro das pesquisas, assim como o desempenho de Fernando Haddad. O cenário eleitoral faltando duas semanas para a eleição só não está estabilizado, porque Rodrigo Garcia ainda tem margem de crescimento identificada nas pesquisas qualitativas feitas pelo PSDB, e que começam a serem confirmadas nas quantitativas, com a mais recente do DataFolha.

O PSDB ainda respira eleitoralmente por aparelhos. Luta para manter o seu posto político mais importante de quase três décadas: o governo de São Paulo. A “joia da coroa” tucana.

Imagem: Governo de São Paulo. 

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