Helder começa articular seu futuro político

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Para os que acham que o governador Helder Barbalho (MDB) esperaria encerrar o processo eleitoral de 2024, para pensar em sua sucessão, em 2026, se engana. O mandatário estadual move peças do tabuleiro político com vistas às disputas municipais, estaduais e nacional. Isso mesmo, Helder acompanha atentamente os movimentos vindos de Brasília.

O futuro

O Blog do Branco tratou diversas vezes sobre as estratégias que Helder promoveu para ampliar o seu poder. Até o momento, o mandatário estadual teve sucesso em suas ações político-eleitoral. Todavia, em 2026, Helder chegará em um momento decisivo em sua carreira política. Primeiramente, terá que definir o próprio futuro. Ao se desincompatibilizar do cargo que hoje ocupa, que deverá ocorrer – tendo como base os últimos calendários eleitorais – em abril de 2026. Se quiser seguir por uma estratégia segura, se lançará ao Senado Federal, podendo eleger mais um do próprio partido. O que se diz é que essa vaga seria do deputado estadual Chicão, do MDB, o maior aliado político do governador, evitando assim o ocorrido em 2018, quando os Barbalho apoiaram Zequinha Marinho, hoje um dos maiores opositores do citado clã político.

Todavia, há outro caminho que Helder vislumbra e vem trabalhando para se tornar viável: ser candidato a vice-presidente da República, em 2026, com ou sem Lula. Tal tese se sustenta na forma de como o governador do Pará busca visibilidades nacional e internacional. Procura se colocar como o “nome” do MDB, visando a reedição das parcerias de seu partido com o PT na chapa presidencial, a exemplo das eleições de 2010 e 2014.

Por isso, a intensa agenda fora do território paraense. Deixando a sua vice, Hanna Ghassan (MDB) como uma permanente governadora em exercício. Este articulista que vos escreve, identificou essa estratégia logo nas primeiras semanas de governo, registrado através do artigo: “A gerente” em que se deixou claro a tarefa de Hanna no atual mandato.

O que se poderia pensar é que a fiel escudeira de Helder cumpriria o seu papel de ser a gerente no segundo mandato, enquanto o governador seguiria com as suas agendas nacional e internacional; depois disso, seria compensada com a indicação a algum tribunal, por ter perfil técnico. Pelo que se começa a perceber, a estratégia de Helder em relação à sua vice, poderá mudar, e, quem sabe, Hanna seja candidata à sucessão de Helder. Desta forma, garantiria o amplo poder no controle da máquina estadual, sem receio de traições.

O tamanho controle que o atual governador exerce no tabuleiro político paraense em um nível nunca antes visto, permitiu que construísse uma chapa pura em 2022 e, consequentemente, permitirá que defina como será o processo político-eleitoral de 2026. Aos aliados só caberá acatar as decisões de Helder.

Imagem: reprodução internet. 

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