Marabá: CPI presta relatório em sessão sobre a visita ao Projeto Salobo

Repercutiu na sessão da Câmara Municipal de Marabá a vistoria que os vereadores que compõem a CPI da Vale fizeram no projeto Salobo. O vereador Ilker Moraes, presidente da Comissão, disse que os parlamentares fizeram muitos questionamentos à equipe da Vale e que puderam ver “in loco” o projeto a mina do Salobo e a ampliação recente, denominada de Salobo 3.

O vereador reclamou que o projeto, que está situado em um local de divisa entre Marabá e Parauapebas, tenha seu acesso construído só por Parauapebas. “Os empregos ficaram por lá, e Marabá ficou apenas com a Cfem, o que já era direito. O projeto precisa ser importante também para Marabá e não apenas para o Brasil”, disse ele.

Ilker ainda frisou que a estrada por Parauapebas prejudicou demais a região do Rio Preto. “Fizemos vários questionamentos, inclusive sobre a barragem, que é 10 vezes maior que a de Brumadinho e fica apenas a 11 km do Rio itacaiunas”.

O presidente da CPI salientou que a Comissão tem a missão de conseguir que a Vale olhe mais pela cidade e melhore a relação com Marabá e, principalmente, com a zona rural. “Os recursos minerais e a riquezas são oriundos da zona rural. Esperamos que até o final do ano a empresa compreenda e faça ações concretas para melhoramento da nossa região e da zona rural”.

Esperamos que não seja mais necessário de renovar o prazo da CPI. Caso a Vale queira a lógica da enrolação a comissão irá avançar mais um semestre. Mas, queremos encerrar com um resultado prático para marabá. Alecio disse que a gente se assusta quando vê a dimensão e a envergadura da barragem, visto que está muito próxima do Itacaiunas. “Falam que está bem monitorada, mas as tragédias acontecem, visto o que aconteceu em brumadinho”.

O presidente da Câmara julgou que a zona rural teve um grande prejuízo com instalação do Salobo. “Tiraram tudo que era nosso direito, não tiveram a sensatez de fazer a estrada por Marabá. Fizeram 92 km via Parauapebas, e não nos deram o acesso por aqui”. Para ele, é hora de a Vale prover alguma compensação, visto que existe esta dívida com o município.

Marcelo Alves, relator da CPI, explicou que com a implantação do Salobo 3, a empresa colocou mais um britador na mesma mina, aumentou também muito a extração. “Agora são três britadores trabalhando na mesma mina. Via Cfem de 2022, Marabá recebeu R$ 85 milhões em um ano e Parauapebas 850 milhões. O que recebemos da Vale é muito pouco. Nós ficamos só com o buraco e os trilhos do trem.

Marcelo também destacou que um dos principais pontos observados pelos vereadores é que os funcionários da Vale não responderam sobre o ouro retirado pela empresa. “Questionamos o teor de ouro que vem no cobre. titubearam e não responderam. Isso estará no relatório”, antecipou.

Com informações Ascom – CMM. 

Imagem: Correio de Carajás. 

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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