Marabá: Tião contrai sucessivos empréstimos e eleva o endividamento da prefeitura

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O prefeito de Marabá, Tião Miranda, do PSD, vive um momento delicado sob o ponto de vista de sua avaliação. Em intenso embate com diversas categorias do funcionalismo público municipal, em especial, a Educação, o citado mandatário que, inclusive, já definiu o seu vice, o advogado Luciano Dias (Cidadania) como seu sucessor, carrega uma avaliação muito ruim.

Depois de uma reeleição tranquila, Miranda promoveu um segundo mandato muito abaixo do esperado. A situação é tão complicada que o prefeito não consegue transferir intenção de voto ao seu escolhido. Dias aparece muito mal nas pesquisas feitas. Mesmo escolhido antecipadamente e rodando diuturnamente pelos quatro cantos de Marabá, Dias sabe que a sua situação político-eleitoral é retrato da péssima gestão feita por Tião.

Pois bem, a Lei Orçamentária Anual (LOA) apontou que o orçamento de Marabá para o corrente ano ficou estimado em R$ 1,6 bilhão, 22% acima do exercício anterior. Mesmo com todo esse crescimento na arrecadação, Tião Miranda contraiu em menos de 60 dias, dois empréstimos milionários que somam 110 milhões de reais. Ainda soma-se a esse montante outra movimentação bancária feita pelo citado prefeito, que autorizou o resgaste de parte de 52 milhões de reais, empréstimo este feito por seu antecessor, o ex-prefeito João Salame.

O nível de endividamento da Prefeitura de Marabá subiu consideravelmente. Em menos de dois meses, Tião Miranda elevou a dívida do município em quase 150 milhões de reais em três operações. Pelo visto, o prefeito quer mais recursos em caixa para investir na cidade. A questão é saber se é tarde demais para salvar a sua gestão e, consequentemente, fazer o seu sucessor.

Disputa política  

Com a gestão de Tião mal avaliada e seu escolhido “patinando” nas pesquisas, o deputado estadual Chamonzinho (MDB) assiste isso tudo de camarote. O parlamentar segue liderando qualquer levantamento feito em Marabá. A situação é tão confortável a Chamonzinho, que ele pode escolher se quer ou não ser candidato, podendo, inclusive, conforme antecipado por este Blog, retirar a sua candidatura em troca de negociações em outras frentes como, por exemplo, a Presidência da Assembleia Legislativa (Alepa) para o próximo biênio.

Imagem: O Antagônico. 

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