Mineradora Vale reduz meta de produção para 2026

A Vale (VALE3) atualizou as suas metas de produção nesta terça-feira (2), em meio a incertezas sobre a demanda global por minério de ferro.

Com isso, a companhia indicou que a produção da sua principal commodity deve atingir o teto da meta em 2025, mas pode não crescer tanto quanto se esperava em 2026. A Vale espera produzir aproximadamente 335 milhões de toneladas de minério de ferro neste ano.

É o limite superior do guidance apresentado um ano atrás, que apontava para uma produção de 325 milhões a 335 milhões de toneladas em 2025. O guidance de 2026, no entanto, foi reduzido para algo em torno de 335 milhões a 345 milhões de toneladas de minério de ferro.

Anteriormente, a companhia previa a produção de 340 a 360 milhões de toneladas de minério de ferro no próximo ano. A marca dos 360 milhões de toneladas de minério de ferro deve ficar, portanto, para 2027.

Custos

A Vale ainda informou que o custo caixa C1 do minério de ferro, que inclui o custo da mina ao porto de embarque, deve ficar em US$ 21,3 por tonelada em 2025 e variar entre US$ 20 e US$ 21,5 por tonelada em 2025. A projeção também é menos ambiciosa do que o apresentado em 2024, quando a expectativa era gastar menos de US$ 20 por tonelada a partir de 2026.

Apesar esses ajustes, o CEO da Vale, Gustavo Pimenta, garantiu nesta terça-feira (2) que a companhia segue melhorando o seu desempenho operacional e reduzindo custos.

Investimentos

Segundo o CEO da Vale, a expectativa é produzir 360 milhões de toneladas de minério de ferro, mas também melhorar a composição dessa produção nos próximos cinco anos, para garantir que a companhia tenha condições de navegar pelos diferentes ciclos da commodity.

“Vemos uma enorme oportunidade para a Vale crescer novamente, especialmente em minério de ferro, pois já temos uma posição forte, mas podemos ficar ainda mais fortes”, afirmou Pimenta, no Vale Day.

Para sustentar esse plano de crescimento, a Vale pretende investir de US$ 5,4 bilhões a US$ 5,7 bilhões em 2026. A maior parte desse valor deve ser alocado em projetos de manutenção ligados a soluções de minério de ferro.

Contudo, US$ 1,6 bilhão desses investimentos devem ser direcionados à Vale Base Metals, a subsidiária da companhia que se dedica à produção de minerais como cobre e níquel, essenciais para a transição energética.

Metais básicos

A Vale ainda tem a meta de dobrar a produção de cobre nos próximos 10 anos. A expectativa é produzir 370 mil toneladas de cobre em 2025, chegar a algo próximo das 500 mil toneladas em 2030 e alcançar as 700 mil toneladas em 2035.

Neste sentido, a Vale também anunciou nesta terça-feira (2º) que a sua subsidiária Vale Base Metals pode firmar uma joint venture com a Glencore Canada para avançar com a produção de cobre e outros metais básicos no Canadá.

As empresas vão avaliar conjuntamente um potencial projeto de desenvolvimento de cobre em uma área próxima à Bacia de Sudbury, onde a Vale já atua. A estimativa é que o projeto permita a produção de 880 mil toneladas de cobre ao longo de 21 anos, com um custo de capital entre US$ 1,6 bilhão e US$ 2 bilhões, se for levado adiante. Segundo a Vale, a decisão final de investimento é esperada para o primeiro semestre de 2027.

Por Marina Barbosa (Investidor 10)

Imagem: reprodução 

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

#veja mais

Marabá: chegada dos Miranda ao MDB mexe com planos dos Chamon

O anúncio da filiação do filho do prefeito de Marabá, Thiago Miranda, ao MDB, para disputar uma vaga à ALEPA nas eleições deste ano pelo

Após “estica e puxa” TRE-PA mantém decisão e Beto Faro continua com mandato cassado

O malabarismo jurídico promovido pela defesa do senador cassado Beto Faro (PT) junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TREPA) impressionava. Tudo para postergar ao máximo a

Inflação na Alemanha cai para 2,3%, nível mais baixo em quase três anos

A inflação na maior economia da Europa diminuiu para 2,3% na base anual, seu nível mais baixo desde junho de 2021. Os preços ao consumidor

A “pedra no sapato” de Helder e a disputa política

A relação política entre o governador Helder Barbalho e o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, ambos do MDB, é de “estica-e-puxa”. A corda é esticada

Presidente de Portugal nomeia líder da centro-direita como premiê após eleições

O presidente de Portugal convidou Luis Montenegro, cuja Aliança Democrática (AD), de centro-direita, venceu as eleições parlamentares de 10 de março por uma pequena margem,

O dedo de Queiroga é a imagem do Brasil ao mundo

Como é sabido, desde 1947, o Brasil abre a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Portanto, tal decisão torna o nosso país um