Em meio ao processo de votação da reforma tributária em que o Congresso Nacional ferve, e o governo está centrado na questão, justamente por não ter conseguido criar uma base sólida no parlamento, uma troca já esperada, porém, tratada em “banho-maria”, justamente para que a mudança consiga atender os lados envolvidos. A saída de Daniela Carneiro do Ministério do Turismo deve ser anunciada até amanhã. Em seu lugar, assume o deputado federal paraense Celso Sabino, do União Brasil (UB).
A citada legenda, aliás, é a quem vem dando mais “dor de cabeça” para os articuladores políticos do Palácio do Planalto. São 59 cadeiras na Câmara Federal, todavia, metade vota com o governo. O partido alega desde o início da terceira gestão de Lula, que falta mais espaço. Que a pasta do Turismo é pouco. No caso que envolve Carneiro, ela pediu desfiliação do UB, o que fez com que a legenda pedisse a sua saída e indicasse Sabino, que vem tento, inegavelmente, papel de destaque em Brasília. Tornou-se desde a legislatura passada, um dos mais próximos do presidente Arthur Lira (PP), que fez o parlamentar paraense, por exemplo, um dos mais atuantes quando o assunto é orçamento federal.
Em poucas horas, o Pará terá dois ministros de Estado. Celso Sabino fará companhia a Jader Filho (MDB), ministro das Cidades. Não há como negar que o Pará vive um protagonismo político no plano nacional, que além de dois ministros, tem um governador bem atuante em Brasília, se colocando como possível candidato a vice-presidente. Para somar terá ainda a realização da COP-30, em 2025. Por ocasião do lançamento de Belém como sede do evento, Lula e Sabino conversaram.
Celso é competente. Um auditor fiscal de carreira, de uma família muito tradicional e importante na política da capital paraense. Seu protagonismo e o status de ministro não foram por acaso. A questão agora é saber o volume da influência do mesmo na condição de na disputa pela Prefeitura de Belém.
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