Parauapebas: o jogo de cena da Dança das Cadeiras do Governo Aurélio Ramos

Eu sempre digo que uma equipe é reflexo de seu líder. Líder fraco, equipe fraca. Por falta de referência.

O secretariado de Aurélio Ramos chega a ser anedótico de tão patético. Por óbvio que há exceções; mas são apenas isso: exceções. O problema reside no fato de que a pessoa que detém o poder de selecionar nomes, tem uma seriíssima limitação cognitiva e instrucional.

Aurélio é burro, pouco instruído e absolutamente despreparado para o cargo que ora ocupa. Isso o torna perigoso. Perigoso porque qualquer pessoa que saiba somar 2+2 pra ele, já é “o cara”!

Resultado? Uma equipe sem planejamento de ações, sem metas tangíveis e sem métodos de mensuração para nortear suas parcas e risíveis tentativas de gestão. E olha que nem vou entrar (dessa vez) na seara da roubalheira. Por agora, ater-me-ei tão somente a questões técnicas de gestão mesmo, supondo que os problemas deste governo fossem causados apenas por despreparo.

Eis que fomos surpreendidos por mudanças no secretariado do governo municipal. Pronto. A surpresa é essa, mesmo.

Basicamente, trata-se de uma dança das cadeiras pobrezinha. Joelma vai pra SEMAD que estava já havia bastante tempo sem um titular. Para o lugar dela no Gabinete, vai Genésio, que estava na SEMPROR, fazendo um trabalho consistente e principalmente discreto, coisa que em tempos de Aurélio vale ouro!

Na tentativa desesperada de emplacar um lugar para Miquinha, Aurélio só não quebrou OUTRA promessa de campanha, a de que vereadores não teriam secretarias, porque foram os vereadores que não aceitaram secretarias (a saber: SECULT, SEMPROR e SEMTUR, com Sadisvan, Tito e Michel, respectivamente), porque a condição é que eles mesmos fossem assumir as tais pastas, abrindo vagas na Casa de Leis, o que seria francamente, um suicídio eleitoral de qualquer vereador que aceitasse tal disparate.

O Max, ir da SEDEN, uma secretaria estratégica (para quem tem estratégia, claro) para a ASCOM, é praticamente um rebaixamento. Trata-se de uma assessoria dentro do Gabinete, que não ordena despesa e que não tem autonomia nem pra comprar a água que consome. Para vocês terem uma ideia, o cargo de assessor de comunicação sequer é remunerado. Para fins de comparação, o cargo de chefe do CTRH, é. Pelo visto, o “chefe” não deve andar feliz com o desempenho dele à frente da SEDEN.

A Secretaria de Esportes, que sempre teve tradição e força junto à comunidade, deve receber o popular “Da Roça” para ser seu comandante; o critério? Não me faça perguntas difíceis.

Reformas administrativas têm o objetivo de afinar estratégias (de novo: quando elas existem), corrigir rumos e o principal: agregar novos valores ao buscar no mercado e nas fileiras adversárias, nomes que possam integrar o “novo” plano de governo da gestão.

Aurélio não faz ideia do que seja isso e tomara que a pessoa que o esteja assessorando nessa “jogada de mestre” não seja algum amigo meu, pra eu não perder a amizade.

Jogando pessoas que ele já tinha, de um lado para o outro, ele fragiliza a segurança institucional, não ganha nenhum dividendo político com isso e ainda pode ferir alguns egos (como no caso do rebaixado Max).

E, sinceramente, o que vai mudar se você não consegue sequer entregar à sociedade, minimamente um plano de ação do Governo?

Mas (e sempre tem um mas..) uma luz no túnel pode ter sido o Genésio no Gabinete. Joelma tem conhecimento e experiência, mas por algum motivo nunca fez os trâmites de lidar com os atores políticos de forma contundente e eficaz. Genésio é uma pessoa conhecidíssima, querida e respeitada em nosso município. Raposa velha da política, pode ser a chave de mudança para este Governo. Isso se eu acreditasse que o Aurélio vá lhe dar a autonomia que o cargo exige para essas tarefas. Spoiler: eu não acredito.

Resumindo, IMPROVISO é a palavra que melhor descreve o mandato de Aurélio Ramos até agora.

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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