A mais nova pesquisa em relação a disputa à Prefeitura de Belém, encomendada pela TV Record e realizada pelo Instituto Paraná, apresentou mudanças no cenário eleitoral na capital paraense. Edmilson Rodrigues (Psol) manteve a dianteira com folga, oscilando em pequena queda (dentro da margem de erro). Eder Mauro (PSD) não consegue subir, ou seja, ameaçar o candidato do Psol e ainda tem o atual prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) em sua cola. Tecnicamente ambos estão empatados dentro da margem de erro.
Os apoiadores da desastrosa atual gestão comemoram. Se as duas últimas pesquisas (Ibope e Paraná) estiverem, de fato, retratando a realidade, Zenaldo deverá compor o segundo turno com o ex-prefeito Edmilson Rodrigues. Há um mês atrás, os corredores do Palácio Antônio Lemos eram tomados por medo e até desespero, haja vista, que o prefeito não atingia nem o segundo dígito nas consultas realizadas. O seu índice de rejeição é alto. A avaliação de sua gestão é uma das piores dos últimos dez anos, fazendo, até sentir saudade do ex-prefeito Duciomar Costa.
Para a sorte de Zenaldo, a sua principal ameaça tem índice de rejeição igual e em alguns segmentos sócias, até maior. Eder Mauro no início do ano parecia que seria um “rolo compressor”. Alguns afirmavam que ele lideraria a disputa, mas logo o seu discurso messiânico, deixou de fazer amplo efeito (conforme escrevi sobre a questão no primeiro semestre do ano corrente). A principal bandeira política-eleitoral do delegado licenciado é justamente a segurança pública e o combate à violência. O discurso trouxe impacto, mas logo essa plataforma caiu progressivamente. Primeiramente, a referida área não é de competência direta do prefeito e sim do governo do Estado. Portanto, em que Eder Mauro faria diferente, melhor do que os outros?
Zenaldo apesar da gestão conturbada, tem a poderosa máquina municipal sob seu controle e ainda obras para serem entregues à população. Ainda terá margem de crescimento, talvez o suficiente para ultrapassar Eder Mauro e disputar com Edmilson o 2º turno novamente, a exemplo do que aconteceu em 2012.
Se de fato o 2º turno ocorrer entre o ex-prefeito e o atual, desta vez, diferente de quatro anos atrás, Edmilson leva vantagem. O cenário parece ter se investido, muito vinculado à péssima gestão que Zenaldo realizou em Belém. Pelo visto, se novas mudanças não ocorrem, o plano “A” do governador Simão Jatene se manterá. O ninho tucano paraense respira mais aliviado.