Estava faltando testosterona ao governo do Pará?

O governador Helder Barbalho em seu primeiro dia no cargo, já vive intensa agenda. Diferente do que se poderia esperar no primeiro dia de um governador, a agenda não ficou restrita ao gabinete e as reuniões fechadas com a nova equipe. Pelo contrário, Helder já reuniu com a cúpula da segurança pública, definiu já na data presente a solicitação da Força Nacional, e no Portal da Amazônia determinou o início de uma grande operação de ocupação por parte das forças de segurança nos bairros com os maiores índices de violência da capital, além de ter estendido a operação ao município de Marituba, na Região Metropolitana de Belém.

Parece que estava faltando testosterona ao governo do Pará, vontade de levantar da cadeira e fazer acontecer. Simão Jatene sempre foi conhecido pela falta de mobilidade, de não ser um apaixonado por trabalho, de “arregaçar as mangas”. O agora ex-governador não trocava o seu espaçoso e aconchegante gabinete para, por exemplo, andar pelos municípios paraenses.

No máximo a sua atuação era de inaugurar obras, quando eram entregues. Em seu último ano de gestão, cumpriu a promessa de campanha que fez em 2010, a de criar Centros Integrados de governo, um em Marabá e outro em Santarém. Porém, nunca despachou nesses locais, o que a princípio seria feito, seguindo as diretrizes da própria criação desses centros.

Que Helder use a sua juvenilidade para promover – de fato – uma nova e pujante dinâmica a máquina estatal. Os paraenses, sobretudo, os menos abastados precisam dessa postura mais enérgica do novo mandatário da política paraense. Que ela se faça presente cotidianamente e não só nos primeiros dias de governo. Que o bom secretariado (ainda incompleto) consiga melhorar a dinâmica de funcionamento da máquina estatal, muito “amaciada” pela dinastia tucana.

Henrique Branco

Formado em Geografia, com diversas pós-graduações. Cursando Jornalismo.

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