Que tiro foi esse? II

Após a oposição promover um atentado “fake” em 2020, com objetivo de influenciar o processo eleitoral daquele ano, quando o então candidato a prefeito Júlio César, à época no PRTB, produziu um falso atentado (falsidade comprovada através de laudos da perícia técnica). Vamos relembrar com direito a música.

“Que tiro foi esse?
Que tiro foi esse que ‘tá um arraso!
Que tiro foi esse?
Que tiro foi esse que ‘tá um arraso!”

O trecho da música é da cantora de funk Jojo Todynho (também conhecida por Jojo Maronttinni), estourou no Brasil no fim de 2017. O tema da canção virou trilha sonora para diversos memes que viralizaram nas redes sociais. Pois bem, o hit refletiu bem o atentado fake de 2020, e agora volta a refletir sobre mais uma ação promovida pela oposição, em Parauapebas.

Novamente, uma ação visa interferir no processo político da capital do minério, tiros foram dados em direção a uma escola particular de ensino militarizado, de propriedade de um professor que se posiciona contra a atual gestão municipal. Com participação ativa do vereador cassado Aurélio Goiano (PSD), que gravou uma live em rede social, incriminando um policial legislativo da Câmara Municipal de Parauapebas; o citando nominalmente, mostrando fotos, identificação funcional, que incluiu até proventos do mesmo. Exposição total. Tudo isso motivado pelo fato de um veículo que supostamente esteve envolvido com os tiros (algo em torno de 60 projeteis disparados contra o estabelecimento de ensino, um verdadeiro arsenal de guerra).

Todavia, a versão divulgada pelo citado ex-parlamentar, reforçada por diversos aliados, não se sustentou nas primeiras horas da investigação da Polícia Civil. Ao se analisar diversas câmeras de monitoramento da rua em que se localiza a escola, em ruas próximas, e nos locais em que o policial legislativo relatou ter passado e estacionado o seu veículo, os horários não batem com a versão apresentada pelos acusadores.

Durante a sua live, Goiano reafirmava a todo momento que o fato foi um atentado político. estranhamente, essa questão foi reforçada a todo o momento durante a duração do encontro virtual, sem nenhuma evidência que aponte para isso, o ex-parlamentar insistia a todo momento que o ocorrido foi uma ação política intimidatória. Neste contexto, por que uma escola? Em política, vale inclusive promover signos, o que conhecemos como semiótica, para passar uma mensagem, neste caso, de que vale tudo, inclusive, atentar contra crianças e um estabelecimento de ensino (ideia de futuro, de gerações).

Todavia, enquanto este artigo de opinião está sendo produzido, as investigações avançam. O que se tem até agora, é que não foi o veículo do policial legislativo que promoveu a ação. O que deixará em “maus lençóis” perante a Justiça o ex-vereador e sua turma, que acusaram uma pessoa sem para isso terem provas suficientes para sustentar tal apontamento.

Depois do “tiro fake” de 2020, se pode esperar tudo. Os tiros dados em uma escola com intuito de acusar um servidor do Poder Legislativo, pode ser mais uma artimanha da desqualificada oposição que, sem ideias, propostas, se utiliza de métodos ilegais e altamente reprováveis, um verdadeiro vale-tudo para chegar ao poder. Todavia, a população já percebeu isso. Não se ganha eleição com postura truculenta, na força. Não aprenderam com os diversos exemplos. Eleição se ganha com propostas, com trabalho, e não com fake news. Pelo visto, mais uma vez o tiro saiu pela culatra. Mitomania tem cura, basta procurar ajuda.

Imagem: reprodução Internet. 

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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