RACHA
Na sessão desta terça-feira (16), o que se pôde observar de longe foi a insatisfação de parte da base do governo Aurélio Ramos. Sendo assim, criou-se, automaticamente, um racha entre os pares que estão, digamos, “putinhos” com o gestor após acordos não terem sido cumpridos. Se antes tinha pelo menos o farelo dado pelo “rei”, agora nem isso.
TOMA LÁ, DÁ CÁ
Com o racha na base do prefeito Aurélio Ramos, foi criado mais um grupo: o chamado “Centrão”, que visa, claramente, ir para onde a maré estiver melhor. Sendo assim, temos três grupos na Casa de Leis: oposição, centrão e base governista. O novo grupo mostrou sua primeira movimentação na última sessão, partindo para cima, junto com a oposição, em diversos projetos. Mas calma: quem acha que eles vão caminhar definitivamente com a oposição está enganado, ao menos por enquanto. Como já dito acima, irão para o lado que lhes convém. Caso vejam que criticar será melhor, se juntarão ao grupo; caso não vejam possibilidades, jogarão o velho jogo do “toma lá, dá cá”.
NOVO LÍDER
O vereador Alex Ohana (PDT) se tornou destaque durante o expediente legislativo desta terça-feira, 16, por sua condução com os colegas vereadores e por puxar alguns assuntos que deixaram até o líder de governo, Léo Márcio (SD), encurralado. Esse desempenho levou alguns parlamentares a chamá-lo de líder, parabenizando-o por sua condução. Ohana também partiu para cima de alguns vetos do prefeito, fazendo com lhe dessem, por ora, o título de líder do Centrão.
PUXANDO TAPETE
Após o tapa dado pelo vereador Fred Sansão em Luís Maracaipe, mais conhecido como “Bombom de Alho”, começam a surgir especulações de que o ex-candidato a prefeito Júlio César estaria alinhado com o governo Ramos, buscando, portanto, tirar o o citado vereador do Partido Liberal (PL), entrando com processo de quebra de decoro parlamentar.
SUPLÊNCIA
A ação de quebra de decoro contra o vereador Fred Sanção, seria uma estratégia política que envolveria o deputado federal Joaquim Passarinho, que preside o PL no Pará, o prefeito Aurélio Ramos, e ainda Júlio César, que é o primeiro suplente do partido, portanto, o mais interessado no caso. Todavia, já vimos esse filme antes e sabemos o resultado. Quem quiser pagar pra ver, que tente.
TROCA DE CADEIRAS
Segundo rumores que já correm pelos corredores do gabinete do prefeito Aurélio Ramos, deverão ocorrer em breve diversas mudanças no primeiro escalão, começando pela Chefia de Gabinete, além duas a três pastas. A troca de cadeiras em qualquer gestão é necessária, visa sanar deficiências e recompactuar acordos políticos. Um ano de gestão se sabe quem deve continuar e quem deve sair. Quem fez, fez…
REDUTO
Estrategicamente, o ex-prefeito Darci Lermen só vem “vendendo” o seu pré-candidato a deputado estadual Júnior do Macre em seus redutos eleitorais, exemplo os bairros Ipiranga e Tropical. O que esconde por outro lado o seu alto índice de rejeição em diversos outras localidades da capital do minério. Por isso, nas redes sociais, se tem uma falsa impressão de que “se está com saudade do Darci”. Essa “saudade” vai depender muito mais da gestão Ramos do que qualquer outro fator.
PATRIMÔNIO
Demorou, mas o estrondoso patrimônio da deputada federal Renilce Nicodemos (MDB) começou a chamar a atenção, a começar com a mansão que mantém em um dos condomínios mais luxuosos da capital paraense. Tal crescendo patrimonial seria incompatível com os seus rendimentos tributáveis, mesmo na condição de parlamentar. Pelo visto, puxaram o “fio da meada”. Agora é só seguir a linha ou melhor as emendas. Em 2018, a nobre parlamentar declarou possuir à Justiça Eleitoral R$ 256 mil. Em 2022, seu patrimônio declarado saltou para R$ 1,7 milhão. Só a casa que mora dizem valer 12 vezes o último valor declarado.
EMENDAS
A Operação Igapó, desencadeada pela Polícia Federal, que acertou em cheio o deputado federal Antônio Doido (MDB), vem tirando o sono de outros parlamentares. As investigações focam nas emendas via PIX. Já têm parlamentares que não andam dormindo direito. O conteúdo dos telefones apreendidos do citado parlamentar provocam calafrios em Belém e Brasília.



