Retorno forçado para casa

O ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro (União Brasil) anunciou ontem, 12, a sua pré-candidatura ao Senado Federal pelo Paraná. Voltou à casa. O que pareceu ser um grande evento político, nada mais foi do que um fato forçado, contra a vontade do ex-magistrado. Moro se viu obrigado a concorrer pelo seu estado natal. Não queria. Foi o que lhe sobrou. Seu objetivo era São Paulo. No Paraná tem a possibilidade – mais segura sob o ponto de vista de eleição – de concorrer a deputado federal, já que são 30 vagas, diferente do Senado que nesta eleição só oferta uma cadeira entre os entes federativos brasileiros.

Moro tem chance de conquistar essa vaga à Câmara Alta? Sim. Mas a sua missão não será tão fácil assim como se pode pensar. De acordo com a pesquisa Ipespe realizada de 29 de junho a 1º de julho, o ex-ministro aparece em 2º lugar na corrida ao Senado entre o eleitorado paranaense. Moro tem 24% das intenções de voto. Álvaro Dias (Podemos) lidera com 31%. O levantamento feito pelo Ipespe diz que o ex-ministro é o candidato ao Senado mais rejeitado no Estado, com 31% de rejeição dos entrevistados.

Portanto, não há garantias de que o ex-juiz consiga a vaga. Segundo matéria do site Poder 360, ao anunciar sua pré-candidatura, Moro destacou o seu trabalho realizado quando era o juiz a frente da operação Lava Jato. Também frisou combate à corrupção e ao crime organizado como principais pilares de sua candidatura.

Pela forma que saiu do Podemos, dizem que é uma questão de honra ao partido eleger Dias contra Moro, que aliás nem conta com total apoio do União Brasil. O ex-juiz tenta sobreviver na política, um mundo que não lhe pertence. Fora dele, grande parte do eleitorado não simpatiza pelo ex-ministro, que conseguiu reunir ataques de lulistas e bolsonaristas. Tornou-se um exemplo de quem quis ser tudo e pode acabar não sendo nada. Caberá ao eleitorado paranaense lhe garantir um futuro em Brasília. A ver.

Imagem: reprodução Internet. 

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