No final de 2023, o índice geral de governismo do Senado foi de 72%, apenas um ponto percentual abaixo do registrado pela Câmara dos Deputados. O PT foi a legenda mais governista, com 90%. O partido que mais votou contra o governo foi o Republicanos, com 46%, embora tenha o ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, como um dos seus filiados. A taxa de governismo de cada parlamentar é um dos índices medidos pelo Radar do Congresso, ferramenta do Congresso em Foco. Pelo monitoramento de cada votação no Congresso Nacional, o Radar permite saber como cada senador e deputado costuma votar: mais a favor ou contra o governo federal.
A metodologia utilizada para traçar o índice de governismo foi o cálculo a partir das votações do parlamentar que seguiram ou não a orientação do líder do governo. Votos iguais à orientação (sim ou não) aumentam o índice; qualquer opção diferente da orientação (seja sim, não, abstenção ou falta) diminui o índice de governismo.
Antes do ranking, vale o registro de algumas considerações gerais: Marcos do Val (Podemos-ES) é o mais oposicionista, com uma taxa de 37%. É seguido por Jorge Seif (PL-SC), com 39%. Só seis senadores marcaram uma taxa de governismo acima de 95%, não se considerando o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), enquanto 19 senadores estiveram com o governo Lula em mais de 90% das vezes.
Pacheco tem uma taxa de governismo de 100%, mas isso se deve mais à natureza do seu cargo do que a algum posicionamento específico: como presidente do Senado, ele conduz as sessões sem votar nelas.
Vamos ao ranking (do menor índice governista ao maior):
1 – Marcos do Val (Podemos): 37%;
2 – Jorge Seif (PL): 39%;
3 – Hamilton Mourão (Republicanos): 41%;
4 – Jaime Bagattoli (PL): 43%;
5 – Marcos Rogério (PL): 44%;
6 – Cleitinho (Republicanos): 45%;
7 – Magno malta (PL): 46%;
8 – Rogério Marinho (PL): 47%;
9 – Sérgio Moro (UB): 47%;
10 – Carlos Portinho (PL): 48%;
11 – Wilder Morais (PL): 48%;
12 – Damares Alves (Republicanos): 48%;
13 – Flávio Bolsonaro (PL): 50%;
14 – Esperidião Amin (PP): 50%;
15 – Tereza Cristina (PP): 50%;
16 – Romário (PL): 52%;
17 – Mecias de Jesus (Republicanos): 52%;
18 – Marcos Pontes (PL): 54%;
19 – Dr. Hirlan (PP): 54%;
20 – Eduardo Girão (Novo): 55%;
21 – Wellington Fagundes (PL): 55%;
22 – Plínio Valério (PSDB): 55%;
23 – Luis Carlos Heinze (PP): 56%;
24 – Oriovisto Guimarães (Podemos): 57%;
25 – Carlos Viana (Podemos): 62%;
26 – Soraya Thronicke (Podemos): 62%;
27 – Márcio Bittar (UB): 62%;
28 – Eduardo Gomes (PL): 62%;
29 – Ciro Nogueira (PP): 63%;
30 – Styvenson Valentim (Podemos): 64%;
31 – Zequinha Marinho (Podemos): 64%;
32- Izalci Lucas (PSDB): 65%;
33 – Rodrigo Cunha (Podemos): 68%;
34 – Vanderlan Cardoso (PSD): 68%;
35 – Laércio Oliveira (PP): 69%;
36 – Alan Rick (UB): 69%;
37 – Margareth Buzetti (PSD): 75%;
38 – Lucas Barreto (PSD): 76%;
39 – Irajá (PSD): 77%;
40 – Davi Alcolumbre (UB): 77%;
41 – Efraim Filho (UB): 77%;
42 – Humberto Costa (PT): 79%;
43 – Jayme Campos (UB): 80%;
44 – Alessandro Vieira (MDB): 81%;
45 – Fernando Farias (MDB): 81%;
46 – Flávio Arns (PSB): 81%;
47 – Teresa Leitão (PT): 81%;
48 – Leila Barros (PDT): 82%;
49 – Jorge Kajuru (PSD): 82%;
50 – Professora Dorinha (UB): 82%;
51 – Zenaide Maia (PSD): 85%;
52 – Daniella Ribeiro (PSD): 86%;
53 – Ivete da Silveira (MDB): 87%;
54 – Marcelo Castro (MDB): 88%;
55 – Cid Gomes (PDT): 88%;
56 – Weverton (PDT): 88%;
57 – Eliziane Gama (PSD): 88%;
58 – Rogério Carvalho (PT): 89%;
59 – Confúcio Moura (MDB): 90%;
60 – Renan Calheiros (MDB): 90%;
61 – Beto Faro (PT): 90%;
62 – Eduardo Braga (MDB): 91%;
63 – Fernando Dueire (MDB): 91%;
64 – Veneziano Vital do Rêgo (MDB): 91%;
65 – Jussara Lima (PSD): 91%;
66 – Augusta Brito (PT): 91%;
67 – Fabiano Contarato (PT): 91%;
68 – Paulo Paim (PT): 91%;
69 – Randolfe Rodrigues (sem partido): 91%;
70 – Mara Gabrilli (PSD): 92%;
71 – Sérgio Petecão (PSD): 92%;
72 – Angelo Coronel (PSD): 93%;
73 – Jader Barbalho (MDB): 94%;
74 – Nelsinho Trad (PSD): 94%;
75 – Ana Paula Lobato (PSB): 96%;
76 – Chico Rodrigues (PSB): 96%;
77 – Omar Aziz (PSD): 96%;
78 – Otto Alencar (PSD): 97%;
79 – Giordano (MDB): 100%;
80 – Rodrigo Pacheco (MDB): 100%.
Com informações de Congresso Em Foco (adaptado pelo Blog do Branco).
Imagem: reprodução Internet.