Em agosto de 2016, às vésperas da eleição municipal, que seria realizada no segundo dia do mês de outubro, um fato muito relevante acontecia em Parauapebas. O Partido dos Trabalhadores (PT) da capital do minério tornava público a sua decisão de apoiar o então prefeito Valmir Mariano (PSD), que disputava reeleição contra o ex-prefeito Darci Lermen, que havia se filiado recentemente ao PMDB, hoje MDB (Leia Aqui). Antes de declarar apoio a Mariano, a citada legenda estava em adiantada conversa com outro candidado daquele pleito: Marcelo Catalão, à época no DEM. O Blog do Branco te conta em detalhe esse capítulo importante na recente história política de Parauapebas, em mais um artigo da série “#TBT do Blog”.
Em mais um capítulo da disputa política-eleitoral em Parauapebas, ontem foi noticiado à adesão do Partido dos Trabalhadores a campanha de reeleição do prefeito Valmir Mariano. As conversas estavam bem adiantadas sobre o apoio da referida legenda ao candidato Marcelo Catalão (DEM), inclusive a parceria sendo noticiada como forma de fortalecer a candidatura do presidente licenciado do Sindicato de Produtores Rurais de Parauapebas (Sinproduz), porém os rumos mudaram.
Segundo o que foi noticiado pelo blog “Sol de Carajás”, a mudança foi debatida internamente e teve grande influência dos dois únicos vereadores do partido: Miquinha e Eusébio, que “costuraram” o acordo com a direção municipal petista, culminando no anúncio da adesão ao atual prefeito.
Recentemente o PT ensaiou o lançamento de candidatura própria ao Palácio do Morro dos Ventos, em que se especulava que o vereador Miquinha seria lançado para a disputa ao paço municipal. Tudo não passou do famoso “balão de ensaio”, muito recorrente em ano eleitoral, especialmente nos meses que antecedem a disputa. Os primeiros sinais da parceria apareceram quando o prefeito Valmir Mariano participou da prestação de contas anual promovida por Miquinha, na Palmares Sul, seu principal reduto eleitoral. Se o referido parlamentar estivesse, de fato, na oposição, não teria feito nenhum sentido o mandatário municipal se fazer presente. Ou teria?
Já escrevi este ano dois textos sobre a postura do PT, promovendo análise sobre o partido e produzindo críticas construtivas. Os vereadores Eusébio e Miquinha sempre negaram qualquer vinculo com a gestão Valmir Mariano. Mesmo quando estavam apoiando projetos ou votando favoravelmente ao governo, continuavam a negando qualquer proximidade. Segundo o blog citado aqui, ambos tiveram papel fundamental na mudança de rumo e no apoio ao projeto de reeleição do atual mandatário municipal.
Os dirigentes petistas da “capital do minério” romperam qualquer contato com o ex-prefeito Darci Lermen, e deixam isso público. Portanto, só restaria ao partido apoiar Valmir ou até mesmo Catalão. Apostaram em quem tem a máquina e quem ainda tem potencial crescimento no processo eleitoral.
Pelo visto, é perda de tempo cobrar do PT parauapebense qualquer linha ideológica ou programática de atuação. Já deixaram isso de lado em nome da sobrevivência política, mesmo que, para isso, tornem a legenda uma agremiação política de aluguel, disponível aos “melhores” acordos.
Imagem: Chocopebas