Travessia forçada

Durante meses, o vice-prefeito de Marabá, Luciano Dias se posicionou no tabuleiro político do citado município como o sucessor do prefeito Tião Miranda, ambos do PSD. Mesmo em baixa nas pesquisas que eram feitas, havia a esperança que a máquina municipal e a alta popularidade do atual mandatário, seriam suficiente para alavancá-lo nas pesquisas.

Por seis meses Dias trabalhou intensamente para se viabilizar politicamente. Todavia, no decorrer dos meses, estava posta a dificuldade de conseguir, primeiro, ser um nome de consenso dentro do grupo político de Miranda; segundo, cair no gosto da população.

A pressão sob Tião crescia para que ocorresse a troca por um nome mais competitivo. O nome que crescia era o de Tiãozinho Miranda, sobrinho do prefeito, que crescia nas bolsas de apostas a cada dia.

Como se diz no jargão futebolista: “aos 48 do segundo tempo”, Tião anuncia o seu ex-secretário de Obras, Fábio Moreira, como o seu pré-candidato, provocando uma sequência de rupturas internas, com as saídas de Luciano Dias e Tiãozinho, do grupo político de Miranda.

O que se diz pela orla de Marabá, é que, se já estava ruim com Luciano, com Fábio, a máquina terá que trabalhar muito mais.  O que levanta velha conhecida tese do “escolhido para perder”. Será?

De concreto temos o anúncio do apoio de Luciano Dias à pré-candidatura a prefeito do deputado estadual Chamonzinho, do MDB, que diga-se de passagem, sempre se manteve à frente em qualquer levantamento feito até o momento.

Nesse tabuleiro político ainda temos a pré-candidatura do deputado estadual Toni Cunha, do PL, que terá o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua esposa Michele Bolsonaro, que desembarcam em Marabá no próximo dia 08. O evento promete turbinar o citado pré-candidato do partido.

Como analisado anteriormente, a eleição em Marabá está posta sob a polarização de Cunha e Chamonzinho. O apoio de Luciano Dias ao pré-candidato do MDB, é um movimento de sobrevivência política do mesmo.

Enquanto isso, o prefeito Tião Miranda se posiciona no tabuleiro bem ao seu estilo descompromissado, sem “vestir a camisa”, a exemplo do que fez em sua primeira sucessão.

Imagem: reprodução Internet. 

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