Vale completa 80 anos

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Em 1942, na cidade mineira de Itabira, nascia a então Companhia Vale do Rio Doce, nome que usou até 1997, ano em que foi privatizada, passando a ser chamar Vale S.A. Foi criada durante o governo Getúlio Vargas para a exploração das minas de ferro naquela região mineira.

Atualmente, a empresa opera em 14 estados brasileiro, em cinco continentes e possui cerca de dois mil quilômetros de malha ferroviária, além de nove terminais portuários próprios. É a maior empresa no mercado de minério de ferro e pelotas (posição que atingiu em 1974 e ainda mantém) e a maior produtora de manganês e ferroligas do Brasil, além de operar serviços de logística, atividade em que é a maior do país. No Brasil, os minérios são explorados por quatro sistemas totalmente integrados, que são compostos por mina, ferrovia, usina de pelotização e terminal marítimo (Sistemas Norte, Sul e Sudeste).

Em outubro de 2016, foi lançado o Complexo S11D Eliezer Batista(S11D), em Canaã dos Carajás, no Pará, uma usina construída fora da floresta, para minimizar os impactos ambientais, e que produz um minério com qualidade superior ao produzido no Sistema Sul e Sudeste. A Vale consome cerca de 5% de toda a energia produzida no Brasil.

As jazidas de Carajás, descobertas pela Companhia Meridional de Mineração, subsidiaria da United States Steel (USSteel), em fins da década de 60, revelaram um extraordinário volume de minério de ferro de alto teor (cerca de 36 bilhões de toneladas numa primeira avaliação). Diante deste volume, o Governo Brasileiro aconselhou a USSteel a negociar com a Companhia Vale do Rio Doce uma associação, que resultou na criação da Amazônia Mineração, com participação meio a meio de ambas as empresas (a qual passou a deter os direitos de pesquisa e posteriormente de lavra).

Situado na Serra dos Carajás, o Projeto Grande Carajás (PGC) é uma imensa província mineralógica que contém a maior reserva mundial de minério de ferro de alto teor, além de grandes reservas de manganês, cobre, ouro e minérios raros. Para a realização desse projeto, foi criada uma grande infraestrutura, que inclui a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, uma das maiores do mundo, a Estrada de Ferro Carajás-Itaqui e o porto de Ponta da Madeira, localizado em São Luís, (MA). A Estrada de Ferro Carajás foi criada em 1978 e atualmente possui 892 quilômetros onde são transportados 120 milhões de toneladas de carga e 350 mil passageiros por ano. O projeto Grande Carajás entrou em operação em 1985, o que permitiu à Vale bater recorde na extração de minério de ferro de forma sucessiva.

Em seus 80 anos, a Vale registra as suas duas maiores tragédias ambientais nos últimos anos. Mariana, ocorrido em 2015 e Brumadinho, em 2019. Dados do Sisema, a Vale acumula, desde 2015, 99 multas por infrações às legislações ambientais, mas apenas 12 foram quitadas.

Se por um lado a companhia expande suas operações no Pará e concretiza acordos internacionais, como o recém firmado com Elon Musk para fornecimento de níquel à montadora de veículos elétricos Tesla, a empresa acompanha o fim de um ciclo em Itabira, a sua primeira área de exploração. Outras como as minas N4 e N5, na Serra Norte, em Carajás, estão com o seu fim cada vez mais próximo.

Com informações do Wikipedia e O Tempo (Adaptado pelo Blog do Branco). 

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