Vale planeja expandir o projeto S11D

Situado na Serra Sul, o chamado S11D, localiza-se no município de Canaã dos Carajás, sudeste do Pará, vem alegrando a mineradora Vale desde quando iniciou o seu processo de operação, em 2016. O projeto, na verdade, é um grande complexo que incluí: mina, usina, logísticas ferroviária e portuária. O valor total investido para que o promissor projeto se tornasse realidade foi, à época, 14,3 bilhões de dólares. O desenvolvimento de produção surpreendeu até mesmo os engenheiros que produziram os mais detalhados prognósticos de nível de operação e se surpreenderam positivamente com a velocidade das etapas atingidas antes do tempo previsto.

Outro detalhe que sempre chamou a atenção e deixou os acionistas felizes, é o custo da produção. Além de aumentar gradativamente o volume produzido, a operação é muito mais barata do que o valor para se retirar uma tonelada de minério na Serra Norte, em Parauapebas.

Para fins geológicos, o S11D é apenas um bloco do corpo que foi dividido em quatro partes: A, B, C e D. O potencial mineral do corpo S11 é de 10 bilhões de toneladas de minério de ferro, sendo que só o bloco D possui reservas de 4,24 bilhões de toneladas. As primeiras sondagens na região datam 1970. No início dos anos 2000, foram feitos os primeiros estudos de capacidade técnica e viabilidade econômica, que levaram à atual configuração do projeto.

As estruturas da mina e usina de processamento de minério de ferro, contavam quando iniciou a operação, com três linhas de produção – cada uma com capacidade de processamento de 30 milhões de toneladas/ano. O projeto lavra o minério a céu aberto, levando-o até a mina, e depois até a usina por meio de um Transportador de Correia de Longa Distância (TCLD). Atualmente, a produção do S11D atinge 120 milhões de toneladas por ano.

Agora, a citada mineradora, quer investir US$ 2,7 bilhões no Complexo S11D para aumentar ainda mais a produção. O objetivo, em linhas gerais, é que o Corredor Norte produza 260 milhões de toneladas por ano no início de 2026. Esse aumento depende muito da expansão da mina em Canaã dos Carajás.

O mais novo volume de investimento da empresa – mesmo com a oscilação do minério de ferro no mercado internacional – se sustenta com a permanência da necessidade por uma grande demanda por insumo siderúrgico de alta qualidade, com a bandeira ecológica mundial em reduzir o processo de descarbonização do aço.

Com a Serra Norte caminhando para a diminuição gradativa de suas operações, a Serra Sul tornou-se a saída econômica e comercial para a segunda maior mineradora do mundo. Enquanto isso, o fim de Carajás se aproxima cada vez mais rápido.

Imagem: reprodução Internet.  

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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