A Vale estimou nesta quarta-feira (07/09) que a demanda global de níquel deverá aumentar 44% até 2030, na comparação com a previsão para este ano, somando 6,2 milhões de toneladas naquele ano, com impulso dos carros elétricos, que requerem o metal para suas baterias.
Em uma apresentação para investidores, a companhia disse que a “demanda de níquel está prevista para aumentar rapidamente nesta década com a transição energética”, e que a unidade de metais básicos da Vale está “posicionada de forma única” para atender tais demandas de veículos elétricos e energias renováveis.
A demanda global de cobre — utilizado em baterias de veículos e sistemas de energias renováveis– deve subir cerca de 20% até 2030, para 37 milhões de toneladas, segundo a Vale. A companhia também estimou os volumes de produção da própria empresa. No médio prazo, a Vale deverá produzir 230-245 mil toneladas de níquel ao ano, versus projeção para 2022 de até 190 mil toneladas.
Em cobre, a previsão de médio prazo é de 390-420 mil toneladas ao ano, ante até 285 mil toneladas previstas para 2022. Segundo a Vale, o crescimento na oferta de níquel deverá ser impulsionado principalmente por Indonésia e Canadá, onde a empresa tem operações, além de Austrália. Mas a empresa não prevê a oferta alcançando a demanda, principalmente para os veículos elétricos de classe I.
Em cobre, a Vale também projeta um mercado com “déficit estrutural” no médio e longo prazos. “O aumento da demanda, junto à falta de oferta, atrairá um interesse significativo em todo o setor”, disse a mineradora, que está posicionando seu negócio de Metais Básicos para ser o “parceiro” para um futuro sustentável.
Com informações Revista Mineração.
Imagem: Vale.