Volta para casa I

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João Dória (PSDB) anunciou ontem, 13, em seu retorno de viagem, que abandonará a vida pública. Voltará a exercer atividades no setor privado, como fez por muitos anos. A decisão foi pensada por dias e tem método: sair do processo eleitoral mesmo sendo um ativo importante, como medida de não apoiar aos que lhe tiraram a oportunidade de concorrer ao Palácio do Planalto, em 2022.

A decisão era uma possibilidade, todavia, não era a mais esperada. Se imaginava que Dória iria se retirar do processo eleitoral e que, mais à frente, em 2024, quem sabe, retornaria ao jogo político, disputando outro cargo majoritário, possivelmente a Prefeitura de São Paulo. Portanto, a decisão nada mais é do que: “não contem comigo”.

João Dória é um empresário de sucesso. Dirige há tempos o Grupo Doria, que trata sobre Comunicação e Marketing, sendo composto por seis organizações: Lide — Grupo de Líderes Empresariais; Doria Administração de Bens; Doria Internacional; Doria Editora; Doria Eventos e Doria Marketing & Imagem. Dentre essas, destaca-se a Lide — Grupo de Líderes Empresariais, associação da qual Doria Junior é fundador e presidente licenciado do Comitê Executivo.

É para esse universo que ele voltará. Sua estada no ambiente público pela segunda vez (na década de 1990, João Dória exerceu diversos cargos públicos no Governo Federal e no Governo de São Paulo) durou seis anos (2016 a 2022). Nesse intervalo, foi prefeito de São Paulo e governador paulista. Sem dúvida, um grande feito, mas que foi sabotado em parte pelo próprio por duas decisões e escolhas, que tornaram a convivência com o seu partido insustentável.

O caso de João Dória, um outsider que autointitulava-se “gestor e não político”, sucumbiu justamente por aquilo que se orgulhava-se em não ser. Agora voltará para casa, ao reduto que – goste ou não – sempre se destacou. A política é para profissional, não para aos que a negam oportunamente ou não.

Imagem: reprodução internet. 

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