Zenaldo Coutinho se reelege em Belém. Uma vitória de Pirro.

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Conforme prometido pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), apuração em Belém foi recorde. Em pouco mais de uma hora após o início da contagem, o resultado já está definido. O tucano Zenaldo Coutinho que disputava à reeleição, se manterá no Palácio Antônio Lemos por mais quatro anos.

No resultado final, Zenaldo obteve 52,33% dos votos válidos, derrotando o ex-prefeito Edmilson Rodrigues (Psol) que obteve 47,67% dos votos válidos. A diferença entre ambos ultrapassou 35 mil votos, acima do percentual das pesquisas que apontavam 4% de diferença, configurando-se empate técnico entre ambos. A exceção foi os números apresentados pelo Instituto Doxa, que novamente, foi quem mais chegou perto da realidade apresentada pelas urnas.

Novamente o marketing e a peças publicitarias de Orly Bezerra tiveram grande efeito. Zenaldo no início da disputa eleitoral detinha rejeição recorde e iniciou a corrida eleitoral em terceiro, com sérios riscos de nem ir ao 2º turno. Mas aos poucos esse péssimo desempenho, fruto de má gestão, foi mudando. As máquinas estadual e municipal estavam a todo vapor, inclusive promovendo ações ilegais, que foram denunciadas e até punidas pela justiça eleitoral. Sem dúvida, Zenaldo venceu, mas sem brilho, se utilizando de meios nada republicanos, apelativos. Tanto que foi cassado e se manteve na disputa através de liminar.

A disputa eleitoral de 2016 na capital paraense já é, sem dúvida, a mais “suja” dos últimos anos. O PSDB continuará a comandar a prefeitura de Belém, mas sem o devido reconhecimento dos belenenses, apesar da vitória eleitoral. Zenaldo venceu por diversas circunstâncias, além das já apresentadas aqui, teve o alto índice de rejeição a Edmilson. Mas não houve vitória pela boa gestão, pelo reconhecimento do trabalho. Por isso, a vitória é de Pirro, ou seja, sem vencedor, de fato.

Zenaldo Coutinho irá governar por mais um mandato (ou pelo menos, mais dois anos, se for candidato ao governo do Pará, em 2018), conseguirá inverter a lógica da reeleição? Ou seja, fazer um segundo mandato melhor do que o primeiro? Os seus primeiros quatro anos à frente do Palácio Antônio Lemos já foram desastrosos e a cidade paga um alto preço, sobretudo, os que mais precisam do poder público. Se o segundo período for pior, Belém estará caminhando de vez para o caos.

O resultado eleitoral na capital paraense é chave para o tabuleiro político paraense, sobretudo, a sucessão estadual, em 2018. Os tucanos respiram, pois conseguiram manter o controle sobre os dois principais colégios eleitorais do Pará: Belém e Ananindeua, bases eleitorais de suma importância, frente a rejeição ao partido nas demais regiões paraenses.

Que Belém consiga sobreviver a mais quatro anos de Zenaldo.

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