Na última semana ocorreu reunião no ninho tucano para começar a definir o nome que irá suceder Zenaldo Coutinho na disputa pela Prefeitura de Belém. O Blog já tratou da questão diversas vezes. Afirmou, por exemplo, que dois nomes de fora PSDB estariam – à época, dezembro de 2019 – cotados. A do deputado estadual Thiago Araújo (Cidadania) e do deputado federal Cássio Andrade (PSB). Coutinho escolherá um correligionário? Ou, a exemplo de Simão Jatene, em 2018, buscará um nome fora do ninho tucano? Independente do escolhido, o desafio será enorme. Defender uma gestão desastrosa, considerada a pior que já passou pelo Palácio Antônio Lemos, não será tarefa fácil, independente de quem for o ungido.
No mais recente encontro, o nome de Andrade ganhou ainda mais força. O Blog indicou tal possibilidade em dezembro do ano passado. O deputado sempre teve relação próxima junto ao mandatário municipal, além de ótimo relacionamento com os tucanos da capital, antes na esfera estadual, agora na municipal.
Pelo visto, a estratégia de Coutinho é escolher um nome de fora de seu partido. Essa indicação tem como característica (até para tentar se salvar politicamente, frente ao desastre que promoveu em suas duas gestões) a novidade, ou seja, um candidato que tenha rejeição mínima, que se apresente como uma opção de renovação, como no caso de Cássio Andrade. Não se pode esquecer que essa relação entre o PSDB e PSB, controlado pelo deputado, que herdou o partido do pai, Ademir, é longa. Na esfera municipal, essa relação data desde quando Zenaldo chegou ao Executivo da capital, em 2013. O PSB no primeiro mandato do atual prefeito, tinha o cargo de vice.
Sobre a questão tratada aqui, Cássio Andrade têm grandes chances. Não só pelo nível de rodagem na política paraense, mas por seu partido, o PSB, tem relevante estrutura. Seu mandato de deputado federal está muito bem avaliado. O que pesa é ser o indicado, portanto, ter Zenaldo Coutinho e toda a sua carga negativa, ao lado. O que se pode apontar mesmo é que o prefeito de Belém, não deverá escolher um correligionário para lhe suceder. O ungido, a exemplo do que aconteceu na disputa estadual, em 2018, deverá ser de partidos aliados.
Ao escolher um nome de fora, Zenaldo, por tabela, tira a possibilidade (se é que ela existe verdadeiramente) de Simão Jatene ser o candidato. O ex-governador quer assumir o Palácio Antônio Lemos de olho em 2022. Precisa dessa projeção política que a Prefeitura de Belém garante. Coutinho sabe disso e quer evitar. Andrade pode ser a saída.