Ontem, 04, em reunião solene, ocorreu a abertura dos trabalhos legislativos do ano de 2020 da Assembleia Legislativa do Estado do Pará. Assim como em 2019, o governador do Pará, Helder Barbalho prestigiou o evento, aproveitando para apresentar as ações realizadas em seu primeiro ano de governo, além das expectativas para o ano corrente para diversos presentes, entre eles 34 deputados, secretários e vários dirigentes estatais.
Segundo Carlos Boução da Comunicação Social daquela Casa de Leis, o governador destacou as cinco linhas estratégicas principais de sua gestão: planejamento e gestão, e os de desenvolvimento: social, econômico, ambiental e gestão de conhecimento. No planejamento e gestão, ele destacou a mudança cultural através da posse diferenciada ocorrida no primeiro dia de mandato, em Belém, Marabá e Santarém. O programa “Governo por Todo o Pará”, mudando a sede do governo para o Sul, Sudeste, Oeste do Estado e a Região do Marajó, e a “Caravana por Todo o Pará”, que visitou 90 municípios, totalizando 5 mil km percorridos.
De pronto, Helder fez um longo discurso que abrangeu todas as áreas e inúmeros projetos realizados no ano passado, que não cabe aqui abordar a narrativa do atual mandatário da política paraense. O governador estava “em casa” enquanto esteve nas dependências do parlamento. Nenhum outro chefe do Executivo paraense gozou de tal numerosa base governista, como Helder pode contar hoje. Praticamente não há oposição.
O Blog nos primeiros meses do ano passado, analisou como estavam naquele momento sendo construídas as relações do governo com o parlamento. Primeiro, Helder definiu quem seria o presidente da Casa, e quis Daniel Santos, o mais votado do Pará, e que foi tirado por Helder do ninho tucano. Segundo fontes, a sucessão do próximo (2021-2022) está definida, e a questão tem haver com a disputa em Ananindeua.
Análises ainda imprecisas em seus apontamentos quantitativos afirmam que o governador pode contar com apoio hoje de 36 dos 41 deputados estaduais. Ou seja, não há oposição. Até a bancada do PSDB foi cooptada pelo chefe do Executivo. O maior nome oposicionista ao governo atende pelo nome de Eliel Faustino (DEM), mas sua voz quase não produz eco para além do plenário.
Assim sendo, o governo Helder Barbalho inicia o seu segundo ano com tudo em ordem e sob controle, a começar pelo parlamento. Quem se opõe?