No Pará, quem furar a fila da vacina pode pegar até 12 anos de prisão

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Tendo como base o que vem, infelizmente, ocorrendo pelo Brasil, no que diz respeito ao descumprimento em relação ao processo de imunização da Covid-19, que deveria seguir etapas, iniciando pelos grupos prioritários, o que na prática não vem ocorrendo, pois há inúmeras denúncias de pessoas que não se enquadram nos grupos e que foram vacinadas, o governo do Pará promoveu algumas iniciativas.

Sobre as irregularidades, o exemplo mais emblemático até aqui é o caso dos Lins, em Manaus. Duas médicas, filhas de um empresário do ramo da educação no Amazonas, tomaram vacina contra a Covid-19 logo após serem nomeadas para trabalhar na área administrativa de uma UBS (Unidade Básica de Saúde) de Manaus. Formadas no ano passado, as irmãs Gabrielle e Isabelle Lins publicaram sobre a imunização nas redes sociais e foram alvo de ataques. Gabrielle foi nomeada na segunda-feira (18) —dia em que as vacinas foram enviadas à cidade— como gerente de projeto, com salário de R$ 8 mil. Elas afirmam, assim como o município, que atuam na linha de frente na UBS Nilton Lins, unidade batizada com o nome do pai das duas, o dono da Universidade e das Escolas Nilton Lins.

Para evitar que casos assim possam acontecer no Pará, ou caso aconteçam, possam ser punidos, o governo do Pará criou ferramentas, como, por exemplo, o vacinômetro, que é uma ferramenta digital que permite à população acompanhar o número de pessoas que foram vacinadas contra a Covid-19 no Estado, bem como o desempenho dos municípios e das regiões de Saúde. A ferramenta desenvolvida pelo Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), pode ser acessada no site do Vacinômetro.

Com a nova ferramenta, ainda em fase de aperfeiçoamento para inserção e divulgação de mais dados, é possível monitorar a vacinação contra a Covid-19 no Pará. Ela apresenta a soma de doses registradas no sistema de informações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS), público-alvo das fases da campanha, porcentagem do público-alvo vacinado para as fases da campanha e gráficos e tabelas com doses administradas diariamente e registradas, além de número acumulado de doses administradas. Conforme o andamento das fases de vacinação, a ferramenta será aprimorada e atualizada com mais opções de filtros.

Quem furar a fila da vacinação contra a Covid-19 no Pará poderá ser punido com uma pena que pode variar entre multa e até 12 anos de prisão. A medida foi publicada em ofício do Governo do Estado, expedido na quinta-feira (28) pelo órgão. A informação é do portal CNN.

Segundo o Governo do Pará, furar a fila – ou seja, ser vacinado quando não integra um dos grupos prioritários – pode ser configurado como crime de infração de medida sanitária e peculato, com a pena máxima prevista de 12 anos de reclusão.

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