Analisando algumas pautas na internet, o Blog encontrou uma matéria produzida pela jornalista Fernanda Pinotti, da CNN Brasil, em São Paulo, sobre a relação de registro de nascimento e de mortes no Brasil durante a pandemia. A pauta foi gerada depois da entrevista concedida pelo neurocientista Miguel Nicolelis.
O médico explicou que um levantamento feito por pesquisadores no Portal da Transparência do Registro Civil do Brasil apura o total de certificados de óbitos e nascimentos desde antes da pandemia. “Antes, havia por volta de 200 a 230 mil nascimentos por mês no Brasil, e por volta de 90 a 100 mil óbitos. A gente seguiu esses dados ao longo do ano passado e o que vimos é que a diferença entre os óbitos e os nascimentos está ficando cada vez menor”, diz Nicolelis.
De acordo com ele, em fevereiro, houve uma queda brusca de registros de nascimento: 125 mil contra 121 mil óbitos. “Essa diferença, que era de 100 mil em favor de mais nascimentos do que óbitos por mês, caiu para menos de 4 mil. Sugerindo que em março, onde tivemos aproximadamente 160 mil óbitos no Brasil, numa estimativa premilar, se o número de nascimentos ficar por volta dos 125 mil, teremos pela primeira vez na história do Brasil mais mortes do que nascimentos no país”, detalhou.
Segundo o Portal de Notícias do G1, até o balanço de ontem, 31, o mais atualizado e que fechou o mês de março, o país contabilizou 12.753.258 casos e 321.886 óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa. Foram 3.950 mortes registradas em 24 horas, um novo recorde. Março teve mais do que o dobro de mortes de julho de 2020, o 2º pior mês da pandemia. Com isso, o mês de março se encerra com o montante de 66.868 óbitos. Isso é mais do que o dobro das mortes anotadas em julho de 2020, o segundo pior mês da pandemia, quando registramos 32.912 vítimas da doença.
A média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias chegou a 2.971, pior marca no índice pelo 6º dia consecutivo. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi aumento de 42%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença. A média indica que o Brasil anotou pela 1ª vez mais de 20 mil óbitos em uma semana. É o que mostra novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h de quarta-feira.