A confirmação da saída de Flávio Dino do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para se tornar ministro do Supremo Tribunal Federal, abre uma questão política importante: quem ocupará a sua cadeira? O questionamento é importante pelo fato da visibilidade do cargo, um dos mais importantes da Esplanada dos Ministérios. Após o anúncio oficial da escolha, diversos nomes começaram a ser cogitados pelos quadrantes de Brasília.
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que chegou a ser cotado para o ministério de Lula no início do ano, teve o nomo vinculado; outra indicação é da atual ministra do Planejamento, Simone Tebet; ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias; e o atual secretário executivo do ministério, Ricardo Capelli, homem de confiança de Dino.
O Palácio do Planalto precisa definir com muito cuidado o nome a ocupar a vaga de Dino. Escolherá um nome popular, de perfil político para dar visibilidade nacional ao nome escolhido? Ou optará por uma escolha técnica, sem pretensões eleitorais, para evitar qualquer movimento de requerimento de candidatura presidencial.
Vale lembar que a pasta em questão é o alvo preferencial da oposição, por isso, o nome precisa ser muito bem escolhido. Mesmo com a saída de Dino, a pasta da Justiça e Segurança Pública continuará a ser a preferida para convites de comissões para tratar das já conhecidas pautas. O indicado é filiado ao PSB. Por conta disso, o partido será ouvido ou terá a prerrogativa da escolha no sucessor de Dino?
Outro debate diz respeito o real motivo da indicação? Seria para tirar da disputa presidencial de 2026 um dos ministros mais populares de Lula? Ou seria, pelo perfil, uma escolha para garantias de decisões mais democráticas na Suprema Corte?
De todo modo, Flávio Dino preenche todos os requisitos básicos para ocupar uma cadeira no STF. O campo progressista perde um grande ator político, mas o Judiciário ganhará um democrata, além de um garantidor do cumprimento da Constituição Federal.
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