Inevitavelmente os parlamentos estaduais sofrem alterações em suas representações políticas após o término das eleições municipais. Na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) não seria diferente. Dos 41 deputados, nove disputaram as eleições, desses apenas dois se elegeram prefeito: Daniel Santos (MDB) em Ananindeua e Renato Ogawa (PL) em Barcarena.
Na prática, quase nada mudará na relação política com o governo. A questão está na disputa pela Presidência daquele parlamento. Em dezembro de 2018, quando ferviam os bastidores da política paraense, justamente por conta da montagem do novo governo e os acordos na Alepa, Helder Barbalho recém-eleito governador, negociava quem iria presidir a Casa pelos próximos dois anos. Sem resistência o nome de Daniel Santos, o deputado estadual mais votado naquela eleição, foi escolhido (na ocasião já estava definido que o citado se lançaria candidato a prefeito de Ananindeua, em 2020).
Uma fonte disse ao Blog que, na época, ficou “pré-acertado” que Francisco Melo, o “Chicão”, seria o próximo presidente (biênio 2021-2022), por ter “cedido” espaço de concorrer pelo MDB à Prefeitura de Ananindeua, em 2020. A questão é que agora alguns parlamentares parecem não querer cumprir o acordo feito há dois anos, e se movimentam para disputar o controle do parlamento estadual paraense. O nome de Chicão já não seria consenso.
Informações colhidas internamente pelo Blog, dão conta que o deputado estadual Caveira se movimenta para lançar seu nome como candidato à Presidência da Alepa. Todavia, sua pretensão – por falta de apoio – não deve ameaçar os planos do governador Helder Barbalho de ter o seu indicado (Chicão) presidindo aquele parlamento.
Suplentes
O deputado Dr. Daniel Santos (MDB) deverá renunciar ao mandato ainda este mês, porém, segundo fonte do Blog naquele parlamento, ainda não há data definida para esse desligamento. Quem assumirá em seu lugar será o vereador por Belém, Adriano Coelho (PDT).
Para o lugar de Renato Ogawa (PL) – conforme tratado pelo Blog na matéria sobre a reeleição de Nélio Aguiar (DEM), em Santarém – assumirá o vice-prefeito também reeleito da “Pérola do Tapajós”, José Maria Tapajós (PL).
Apesar da oposição ter aumentado numericamente após as eleições (somam hoje sete parlamentares), sua presença em nada interfere nas pretensões do governador, que mantém aquela Casa sob seu controle.