Vale apresenta o balanço de um 1º Trimestre de 2022 sem brilho

A Vale (VALE3) divulgou seus números referentes ao primeiro trimestre de 2022 na noite da última quarta-feira (27), com um lucro líquido de US$ 4,48 bilhões, queda de 19,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado do primeiro trimestre de 2022, a receita da companhia atingiu US$ 10,8 bilhões no primeiro trimestre, abaixo dos US$ 12,5 bilhões de um ano antes e abaixo do consenso de US$ 11,7 bilhões. Além disso, o faturamento caiu também na base trimestral – uma vez que a companhia fechou o trimestre encerrado em dezembro com receita de US$ 13,1 bilhões.

Na base trimestral, o faturamento da Vale regrediu mesmo com o preço de referência do minério de ferro 62% Fe tendo avançado 29% na mesma comparação, para US$ 141,1 a tonelada. A queda se deu porque a alta dos preços não conseguiu remediar totalmente, segundo a própria companhia, a baixa da produção.

Com relação ao balanço em si, o destaque (não tão positivo), ficou para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente, que foi de US$ 6,3 bilhões, frustrando levemente o consenso da Refinitiv, que previa um Ebitda de US$ 6,4 bilhões.

A principal razão para o número menor do que o esperado, aponta o Bradesco BBI, ficou para a decepção com metais básicos devido aos menores volumes de cobre e menores preços realizados de níquel, enquanto os números de minério de ferro foram sólidos e melhores do que o esperado na avaliação dos analistas. Embora os volumes tenham sido sazonalmente fracos, os preços do minério em US$ 141 a tonelada ficaram acima da estimativa do banco de US$ 137 a tonelada.

A XP também ressalta que os volumes mais fracos no primeiro trimestre afetaram os resultados da Vale, apesar de um ambiente de preços muito saudável para minério de ferro e níquel. De acordo com os analistas da casa, em meio aos menores volumes, a Vale teve resultados piores do que o esperado. Além disso, apontam, a geração de fluxo de caixa, ainda que forte em US$ 1,2 bilhão, não foi “impressionante”, principalmente por causa de um pagamento sazonal de imposto de renda mais alto (mas melhor do que a queima de caixa do último trimestre).

Porém, ofuscando os números não tão empolgantes, o anúncio de um novo – e agressivo – programa de recompra de ações, para substituir o atual programa que está próximo de ser concluído, animaram os investidores. O novo programa de recompra será limitado a 500 milhões de ações (cerca de US$ 8,3 bilhões a preços atuais de mercado) ou cerca de 10% das ações em circulação. O programa será realizado nos próximos 18 meses e após a conclusão do programa atual.

Com informações do InfoMoney – Adaptado pelo Blog do Branco.

Imagem: Vale. 

Henrique Branco

Formado em Geografia, professor das redes de ensino particular e pública de Parauapebas, pós-graduado em Geografia da Amazônia e Assessoria de Comunicação. Autor de artigos e colunas em diversos jornais e sites.

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