Começou a disputa pelo Governo do Pará

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Ainda faltam dezessete meses para a próxima disputa eleitoral, que deverá ocorrer em outubro de 2022. No plano estadual, em relação, por exemplo, ao Governo do Pará, inegavelmente o atual governador Helder Barbalho (MDB), que disputará à reeleição, é o favorito.

O seu favoritismo não se trata apenas da boa avaliação de sua gestão, mas pelas articulações políticas que foram feitas, as que estão ocorrendo, e as que ainda serão sacramentadas. Desde quando assumiu o cargo mais importante da política paraense, Helder buscou enfraquecer o PSDB, que já havia saído bastante fragilizado da última disputa estadual. O modus operandi do chefe do Executivo do Pará foi cooptar a bancada estadual tucana na Assembleia Legislativa (Alepa); em seguida, se aproximar dos tucanos da bancada federal paraense.

Agora, quase chegando na metade do terceiro e penúltimo ano de seu atual mandato, Helder mandou há algumas semanas determinou aos seus interlocutores diretos, neste caso, o Chefe da Casa Civil, Iran Lima e o atual presidente da Alepa, Francisco Melo, conhecido como “Chicão”, que tornou-se vice-governador, pois Lúcio Vale assumiu uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que iniciassem as tratativas políticas em relação ao próximo processo eleitoral.

As atuações de Iran Lima e Chicão trouxeram para o governo o PDT, DEM e o PSDB. A bancada tucana na Alepa já atuava dentro da base governista, incluindo liderança do governo no parlamento estadual, exercida por Cilene Couto (Leia Aqui).

Helder inicia a troca em seu secretariado, movimento que visa acomodar novos aliados para fechar o leque de apoio para a sua reeleição. O próprio governador anunciou em suas redes sociais que o ex-deputado federal Giovanni Queiroz, presidente estadual do PDT, assumirá hoje, 25, a Secretaria Extraordinária de Produção, selando, portanto, o apoio da citada legenda. A pasta que será comandada por Queiroz atua diretamente na área de desenvolvimento da produção de diversos setores da atividade rural paraense e na regularização fundiária.

Com um cenário altamente favorável a manutenção do MDB no Palácio do Governo, restará politicamente o que ao PSDB? O ex-governador Simão Jatene (PSDB) teve as suas contas referente ao ano de 2018 reprovadas pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Assim sendo, está inelegível pelos próximos oito anos, o que lhe tira da disputa pelo governo do Pará, em 2022, caso ainda tenha interesse em concorrer (Leia Aqui). O ex-deputado Márcio Miranda (DEM) afirmou em entrevista ao jornal O Liberal, em dezembro de 2020, que pretende concorrer ao Executivo paraense (Leia Aqui).

Com esse cenário, o que se espera é que o adversário de Helder Barbalho seja definido dentro do nicho bolsonarista paraense. Delegado Eguchi (Patriotas), que concorreu à Prefeitura de Belém, em 2020, e o deputado federal Eder Mauro (PSD), desafeto declarado dos Barbalho, são os nomes mais citados como futuros concorrentes. De toda forma, o atual mandatário estadual é o franco favorito para se eleger pela segunda vez governador do Pará. As articulações caminham para que a disputa seja tranquila. A ver.

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